Cultura

Professor de história cria universo com trem em miniatura no sótão de casa

Sua paixão por trens começou ainda na infância, quando ele e o irmão ganharam do pai um conjunto de trens, que eles montaram em cima de uma mesa de pingue-pongue

No sótão de casa, o professor de História, André Augusto da Fonseca, 44 anos criou um universo em miniatura para matar a saudade dos áureos tempos de ferrovia e para curtir o seu hobby que é o ferromodelismo. Segundo ele, a paixão teve início na infância quando ganhou de presente o seu primeiro trenzinho de brinquedo. Hoje, o hobby já fez com que ele fizesse viagens de trens nas principais ferrovias do País. 

O professor explica que quem é colecionador não se preocupa apenas em construir o trem ou os modelos de locomotivas, mas também em produzir todo o cenário que envolve o colecionismo.

Sua paixão por trens começou ainda na infância, quando ele e o irmão, Eduardo, ganharam do pai um conjunto de trens, que eles montaram em cima de uma mesa de pingue-pongue. “Mais tarde conheci os trens da Frateschi e fiquei fascinado com o detalhamento, a escala, o realismo. Em 2011, consegui comprar um conjunto básico da Frateschi, mas foi somente em 2014, em Portugal, que encontrei na Feira da Ladra, uma feira de antiguidades, um conjunto de itens a preço acessível, o que me encorajou a montar minha maquete. A partir daí, comprei mais trens e material de decoração da Frateschi, como as estações, pontes, galpões. Em 2015, eu e minha esposa começamos a montar a maquete e ficamos felizes com o resultado. Meu filho já brinca e um dia terá a mesma paixão”, explica Fonseca.

Maquete – Fonseca utiliza um espaço de 20m2 e aproveitou esse espaço para montar uma maquete, onde roda sua coleção de trens, composta por 5 locomotivas e 9 vagões de passageiros e outros 30 de cargas. O local também possui um pequeno igarapé, e é montado como uma paisagem regional.

“Eu sempre fico fascinado com o detalhamento, a escala, o realismo. Dizem que é um hobby caro, mas você vai comprando aos poucos, e em sebos com preços mais acessíveis e isso facilita muito. Toda vez que viajo eu trago algumas peças”, relatou.

A maquete da família Fonseca possui 45 metros lineares, iluminação, três estações, terminal de contêineres, áreas rural e urbana, pátio, uma região de cerrado, um rio, centenas de árvores e quase 200 personagens.

Ferrovias – O ferromodelismo é um dos hobbies mais antigos do mundo, e sua origem remonta ao período em que o transporte ferroviário foi adotado massivamente. As primeiras miniaturas de trens foram fabricadas por volta de 1830, por artesãos alemães. De lá para cá, muita coisa mudou, principalmente no Brasil, onde o transporte de passageiros pelas ferrovias deixou de acontecer, com exceção dos passeios turísticos. Mesmo assim, a paixão de algumas pessoas por este hobby se intensificou.

A Região Norte é um mercado atraente para a Frateschi Trens Elétricos, empresa que é única fabricante de trens elétricos em miniaturas e réplicas de composições reais na América Latina. “As pessoas pensam que o transporte ferroviário morreu, mas ele está vivo e em expansão. A ferrovia é de valor estratégico imprescindível para um país como o Brasil, e este crescimento ajuda a fomentar ainda mais a paixão que muitos brasileiros têm pelos trens, e muitos passam o hobby do ferromodelismo para as futuras gerações”, diz Lucas Frateschi, diretor da empresa.