Cultura

Professora lança livro que retrata questões de saúde e imigração

Objetivo principal da obra é avaliar os impactos à saúde pública, decorrentes da migração venezuelana sob a perspectiva da saúde ambiental

A enfermeira e professora universitária, Tárcia De Almeida escreveu uma análise da migração venezuelana sobre os serviços de saúde pública na cidade de Boa Vista (RR). A obra será lançada nesta quarta-feira (5), a partir das 19h30, na cafeteria Podcast Coffee Pub, localizada na rua Severino Soares de Freitas, nº: 1464-4, bairro Paraviana. 

“No estado de Roraima desde o ano de 2014 tem-se vivenciado o recebimento de imigrantes venezuelanos, que foi se intensificando no fim de 2016. E este movimento tem sido visualizado como um problema pelos meios de comunicação e autoridades locais, especialmente no que se refere às questões de saúde”, comentou Tárcia. 


(Foto: Arquivo pessoal)

Segundo a professora, a temática da pesquisa surge da percepção do desafio que é a manutenção da saúde da população nativa e migrante, “devido à vulnerabilidade e as condições de recepção dos migrantes venezuelanos capital roraimense, considerando o contexto de multifatorialidade no desencadeamento das doenças”.

Tárcia explica que o objetivo principal do livro é avaliar os impactos à saúde pública, decorrentes da migração venezuelana no período de 2008 a 2018, sob a perspectiva da saúde ambiental. Diante disso, a obra se propõe a responder os seguintes questionamentos: A migração venezuelana para Boa Vista-RR contribui para produção de agravos à saúde relacionados ao ambiente? Em que medida a migração venezuelana afeta os serviços de saúde pública, na perspectiva da saúde ambiental, na cidade de Boa Vista-RR? 

“Observamos com a pesquisa, que os imigrantes venezuelanos apresentam uma tipologia migratória de aspecto misto com características das teorias macro e micro sociológicas e neoclássicas. Que podem ser classificados como migrantes por sobrevivência. E que a estes são impostas condições de vulnerabilidade social que afetam na produção e construção social da doença”, comentou.