Atualmente, cerca de 6 milhões de pessoas morrem todo ano em consequência do cigarro e, segundo a OMS esse número pode subir. O tabagismo já é considerado a principal causa de morte evitável no mundo.
Para alertar sobre as mortes evitáveis causadas pelo tabagismo, a Organização Mundial da Saúde (OMS) lembra todo dia 31 de maio do Dia Mundial sem Tabaco. De acordo com especialistas, o tabaco pode ser responsável por casos de câncer e doenças do coração.
A epidemia global do tabagismo mata quase 6 milhões de pessoas por ano. Nesta conta, mais de 600 mil são fumantes passivos (pessoas que não fumam, mas convivem com fumantes). Estão previstas mais de 8 milhões de mortes por ano a partir de 2030, segundo estudo da OMS e do Instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos.
As mais de 4 mil substâncias presentes no cigarro provocam alterações no sangue, bioquímicas e hormonais que alteram a fisiologia normal do organismo. O tabagismo está relacionado, principalmente, a doenças respiratórias e do sistema cardiovascular, além dos cânceres de pulmão e de garganta. Com relação às doenças respiratórias, as mais recorrentes são enfisemas pulmonares, bronquite, infecções respiratórias, e até embolia pulmonar.
Infartos, derrames e acidentes vasculares cerebrais (AVC) são doenças cardiovasculares frequentemente associadas ao tabaco. O cigarro envolve não apenas a dependência química, mas a psicológica também, como afirma o médico pneumologista Sérgio Pontes, da Aliança Instituto de Oncologia. “Além destes sistemas, o tabagismo pode ser o motivador de depressão, ansiedade e outras dependências químicas, como o alcoolismo”, enumera.
Os malefícios do tabaco não são notados apenas a longo prazo, algumas alterações no organismo podem ser percebidas no cotidiano de quem fuma. “As decorrências podem aparecer imediatamente com o aumento da pressão arterial, alterações de glicemia, mudanças no olfato e no paladar, na textura da pele, queda de cabelos”, explica.
O paciente que está iniciando o tabagismo se queixa muito da tosse, causada pela fumaça e pelas substancias tóxicas, segundo o médico. “Além da tosse surge também a falta de ar, a sensação de aperto no peito e o chiado”, descreve.
Primeiros passos para largar de vez o cigarro
– Estar motivado a sair do vício. Não adianta a família mobilizar médicos e/ou investir se o paciente não estiver realmente determinado a parar de fumar;
– Diminuir gradativamente o número de cigarros;
– Evitar carregar o maço ou a carteira de cigarros;
– Evitar deixar cinzeiros em casa;
– Evitar qualquer substância que possa estimular o fumo, tais como café e bebida alcoólica;
– Durante a motivação, falar para as pessoas próximas que está tentando parar de fumar, a fim de ajudar no policiamento e no controle.