Crescendo cada vez mais no gosto dos viajantes, o turismo étnico surgiu como uma vertente do turismo cultural, ajudando a valorizar ainda mais o patrimônio de uma região e seu povo nativo.
De acordo com o Ministério do Turismo, esse tipo de turismo tem como diferencial o envolvimento das comunidades que representam os processos imigratórios europeus, asiáticos e africanos, além de valorizar os espaços e a cultura das comunidades indígenas e as comunidades quilombolas.
Outros grupos sociais e seus legados étnicos também passam a ser valorizados com o turismo étnico, trazendo luz aos seus valores, saberes, fazeres e modo de vida em geral.
Afroturismo no Brasil
Movido pela história da população negra e sua identidade, o turismo étnico-afro, ou simplesmente “afroturismo”, é um grande sucesso e leva milhares de viagens para roteiros que mostram um pouco mais da cultura e história negra.
De acordo com um estudo do Sebrae, houve um crescimento do turismo étnico no Brasil, especialmente no afroturismo. O motivo é a forte relação da cultura brasileira com a cultura afro, já que o país teve muita influência das tradições africanas. Isso permite que muitos pontos e atrações destaquem as suas raízes para atrair ainda mais visitantes interessados nas raízes das manifestações culturais brasileiras.
O afroturismo ajudou a levantar questões pertinentes e provocativas. Entre elas, a falta de interesse por Palmares, em Alagoas, que é um dos maiores símbolos da resistência de pessoas negras escravizadas. Enquanto isso é apagado no Brasil, outros lugares do mundo mantêm museus e memoriais para lembrar povos e heróis que lutaram contra injustiças.
A ideia é que, com o avanço dessa tendência e o fortalecimento de entidades e organizações que levantam essas questões, a realidade desses destinos deve mudar.
Como aproveitar o turismo étnico
Seja de avião e com grupos de turismo ou por conta própria, é possível aproveitar o turismo étnico e as trocas que essa modalidade permite. Muitas pessoas, para ter uma experiência ainda mais imersiva e exclusiva, acabam preparando seus carros com um bagageiro de teto universal, por exemplo, para se munir com tudo o que for necessário, e então se aproximar de comunidades étnicas, abrindo caminho para novos aprendizados.
Entretanto, é necessário que esses contatos sejam feitos com respeito e estudo prévio. Afinal, é importante que o turismo não agrida as tradições culturais desses povos, tornando um momento de admiração em degradação dos costumes alheios.