O vírus sincicial respiratório é um vírus respiratório que atinge crianças e adultos, porém em bebês prematuros ou portadores de doenças cardíacas, o vírus pode dobrar o tempo de hospitalização. Bronquiolite e pneumonia são as consequências mais comuns e o VSR pode levar também a criança a apresentar um chiado recorrente, que pode perdurar até os 13 anos de idade.
De acordo com Dr. Renato Kfouri, da Sociedade Brasileira de Imunização, em crianças acima de dois anos de idade ou adultos com condições normais de saúde, a infecção por VSR pode ser confundida com um simples resfriado.
Ele explica que o VSR é transmitido facilmente pelo ar e também por contato entre pessoas com secreções respiratórias infectadas. Medidas de higiene, como lavar frequentemente as mãos, são necessárias para controlar a transmissão.
“Surtos de VSR são sazonais e variam de acordo com a região. Dados oficiais do sistema de vigilância epidemiológica para influenza demonstram picos de circulação do VSR entre os meses de março a setembro”, relata.
Na região norte, o VSR circula especialmente no primeiro semestre, no período de chuva intensa na região, com pico de ocorrência no mês de fevereiro. Nas regiões Sudeste, Nordeste e Centro-Oeste a maior circulação do vírus acontece nos meses de abril a maio e, no Sul, o pico de VSR ocorre mais tardiamente, entre junho e julho.
Desde o ano passado (2014) o Ministério da Saúde disponibiliza gratuitamente, para os grupos de maior risco, a imunização contra o vírus. Cada Estado segue seu protocolo. De acordo com Kfouri, no Brasil, ainda não há dados disponíveis sobre a incidência da doença por região. No primeiro estudo epidemiológico realizado no País, o BREVI avaliou a incidência de infecções graves do trato respiratório inferior, em bebês nascidos com idade gestacional com ou abaixo de 35 semanas, em três regiões representadas pelas cidades brasileiras de Porto Alegre, Curitiba (Sul) e Ribeirão Preto (Sudeste, no interior de São Paulo), entre 2008 e 2010.
“Foram incluídos 303 bebês, acompanhados por um ano, após a inclusão no estudo. O objetivo principal do estudo foi avaliar a incidência de hospitalização por infecção respiratória grave, associada ao VSR, além de identificar os vírus e os fatores de risco associados às infecções”, relatou o médico.
Os centros participantes do estudo são a Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – Ribeirão Preto/SP; a Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul – Porto Alegre/RS; e a Universidade Federal do Paraná – Curitiba/PR. O estudo foi financiado pela Abbvie.
A Sociedade Brasileira de Imunização e a Sociedade Brasileira de Pediatria recomendam a imunização contra o VSR, que reduz em, pelo menos, 55% o risco de internação naqueles bebês prematuros, com DBP e cardiopatia congênita. Para esses bebês, a imunização está disponível pelo SUS, em todos os Estados brasileiros e é recomendada nos meses de maior circulação do vírus.
Para mais informações sobe os cuidados com prematuro e o calendário específico de vacinações, acesse www.sbim.org.br!
Cultura
Vacina é recomenda para bebês contra vírus respiratório
Sociedade Brasileira recomenda imunização para bebês contra o vírus sincicial respiratório (vsr) – a principal causa de doenças respiratórias e hospitalização de prematuros e crianças