
A Semana Santa, que iniciou neste domingo (13) e vai até o dia 20, marca o período mais solene do calendário cristão e é considerada o ápice do Ano Litúrgico pela Igreja Católica. Mas você sabe por quê?
Segundo o Vaticano, a Semana Santa é o tempo litúrgico em que os fiéis são chamados a mergulhar nos mistérios centrais da fé cristã: a paixão, morte e ressurreição de Jesus Cristo. Durante esse período, a Igreja propõe um caminho espiritual que culmina no Tríduo Pascal — composto pela Quinta-feira Santa, Sexta-feira da Paixão e Domingo da Ressurreição —, quando se recorda o sacrifício de Cristo e a vitória sobre a morte.
As celebrações começam com o Domingo de Ramos, que relembra a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém. Para o vigário geral da Diocese de Roraima, padre Josimar Lobo, esse momento marca uma quebra de expectativa para o povo da época, que aguardava um rei forte e poderoso.
“Domingo de Ramos marca esta entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, mas uma entrada que desmistifica todo um pensamento político, social e religioso daqueles que aguardavam um rei poderoso. Jesus, de fato, é o rei. A sua humildade não nega a realidade, por isso ele se afirma: ‘sou rei, mas o meu reino não é deste mundo’. O meu reino é um reino de justiça, de paz — o rei que vai contrariar toda aquela lógica perversa que imperava naquele momento, dentro daquele contexto”, explicou.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Padre Josimar também lembrou que, poucos dias depois de ser aclamado com “Hosana, bendito aquele que vem em nome do Senhor”, Jesus é rejeitado pela mesma multidão.
Durante a semana, cada celebração tem um significado próprio. A Quinta-feira Santa relembra a Última Ceia, quando Jesus institui a Eucaristia e realiza o gesto do lava-pés. Já na Sexta-feira da Paixão, a Igreja se recolhe em silêncio para contemplar a crucificação e morte de Cristo. O Sábado Santo é vivido como um dia de luto e espera, até que, no Domingo de Páscoa, os cristãos celebrem a ressurreição.
Para o sacerdote, as tradições da Semana Santa vão além da simbologia: são vivências profundas da fé.
“As nossas comunidades se mantêm sempre pela tradição. Olhar a Bíblia, contemplar passo a passo, vivenciar esses momentos dolorosos de Jesus que se entregou por nós, são as tradições, ritos principais. Como celebrar cada momento dessa história triunfal, de sua entrega até a cruz, não fazendo de forma teatral, não fazendo simplesmente como uma lembrança, mas a cada rito realizado, celebrado na comunidade, vivenciarmos de coração e colocarmos ali também o nosso coração, na dor, no sofrimento de cada irmão, de cada irmã, que para nós representa o próprio Cristo”, afirmou.
Programação religiosa
A programação da Semana Santa na Diocese de Roraima segue a partir desta terça-feira (15) com a Missa de benção aos Santos Óleos – utilizados para os sacramentos do Batismo, Eucaristia e Unção dos Enfermos – na Igreja Catedral, às 19h. Em seguida, cada paróquia e área missionária realiza o tríduo pascal. Confira algumas:
- Paróquia São Francisco das Chagas
- Quarta-feira Santa (16/04): Comunidade São Paulo, 19h
- Quinta-feira Santa (17/04): Igreja São Francisco, 19h
- Sexta-feira Santa (18/04): Igreja São Francisco, 15h
- Sábado de Aleluia (19/04): Comunidade Santo André, 19h
- Domingo de Páscoa (20/04): Igreja São Francisco: 7h, 9h30 e 19h30 | Comunidade São Pedro: 17h
- Paróquia Nossa Senhora do Livramento (Mucajaí):
- Quinta-feira Santa (17/04): 19h30 – Missa da Ceia do Senhor com rito do lava-pés.
- Sexta-feira Santa (18/04): 6h – Via-Sacra; 15h – Celebração da Paixão e Morte do Senhor.
- Sábado Santo (19/04): 19h30 – Vigília Pascal.
- Domingo de Páscoa (20/04): Missas em horários locais.
- Paróquia São José Operário (Caracaraí):
- Quinta-feira Santa (17/04): 19h – Missa da Ceia do Senhor com rito do lava-pés.
- Sexta-feira Santa (18/04): 15h – Celebração da Paixão e Morte do Senhor.
- Sábado Santo (19/04): 19h – Vigília Pascal.
- Domingo de Páscoa (20/04): Missas em horários locais.