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A doce voz de Brenda Lima e a MPB da nova geração

Brenda Lima, 22 anos, está fazendo sucesso em pequenas apresentações

MPB da nova geração é o termo que estão usando para descrever as cantoras que têm aparecido fazendo música popular brasileira. A classificação musical que abrange nomes como Chico Buarque, Ney Matogrosso, Elis Regina, está recebendo, décadas depois, uma onda de cantoras de voz doce, letras leves e cheias de musicalidade.

É o caso de Brenda Lima, de 22 anos, estudante de música da Universidade Federal de Roraima. Ela apresenta uma mistura de samba-rock com MPB.

Para a cantora, é difícil se definir. Segundo ela, para quem é apaixonado por música, é sempre importante manter um espaço aberto para novas influências.

“Procuro explorar o máximo de musicalidade e gênero dentro do meu estilo sem sair muito do meu foco e do que eu gosto. É bem amplo e misto o meu caminho musical”, disse.

Em seus shows, a cantora apresenta versões e arranjos feitos por ela e pelos músicos que a acompanham. O repertório envolve música popular brasileira e samba, mas sempre colocando uma roupagem musical regionalista.

“É uma grande responsabilidade querer fazer parte desse meio de revelações da Mpb, pois temos muitos artistas com músicas riquíssimas. Mas acredito no meu trabalho e procuro sempre fazê-lo bem feito e com muito carinho para, quem sabe, conquistar o meu espaço entre tantos bons artistas pelo Brasil”, disse.

Suas composições surgem “de repente” em meio a uma roda de amigos ou até mesmo quando não espera. “Ás vezes estou tocando uma melodia qualquer, se eu achar interessante, acabo pensando em trabalhar numa letra legal. Mas as minhas músicas são feitas em poucos minutos. Simplesmente flui”, relata.

A cantora disse que busca originalidade, sempre brincando com as letras e trocadilhos, o que soa como uma brincadeira musical, fazendo do som um atrativo a mais. “Procuro não falar muitas palavras comuns e já tão vistas nas músicas. Porém, impossível sair da questão de falar de amor”, brinca.

A música começou a fazer parte da vida de Brenda, com influências do pai, que tocava pandeiro com os amigos, quando ela tinha nove anos. A cantora já se apresentou em eventos do Canoa Cultural, Grito Rock, Malocão Cultural e Casa do Neuber.

“Eu via e achava legal, então, pedi um pandeiro de presente e este foi o meu primeiro instrumento musical, um pandeirinho vermelho”, relembra. Aos quinze, ganhou seu primeiro violão. Para ela, defender sua própria idéia, sua personalidade, ser original, ser você mesmo é o que define um bom artista. “O importante é nunca parar de fazer som ou de compor”, finaliza.