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Banda 'Edição de Papelão' é a convidada da DK 80 desta sexta-feira

Veteranos da década de 80 colocam em prática o projeto de valorizar bandas que estão em busca de espaço

Colocando em prática o projeto de valorizar bandas de rock locais em início de carreira, a DK 80 convidou a banda Edição de Papelão para fazer o pré-show da noite desta sexta-feira, dia 6, no Bar do Rock, como é conhecido o espaço do Roraima Moto Clube, na Praça do Centro Cívico, a partir das 22 horas.

A Edição de Papelão é uma banda indie rock alternativo que surgiu no cenário musical roraimense em 2017 com um álbum chamado Devaneios, que está em todas as plataformas digitais. O grupo toca músicas autorais e é formada por Jéssica Bento, vocalista e guitarrista, Paula Bonates, baixista, e Kally Henrrique, baterista. No ano passado, participou do Grito Rock Roraima Boa Vista, Grito Rock Tepequém, no município de Amajari, Boa Vista Junina, Dia do Rock em Boa Vista e Dia da Música em Manaus (AM).

“O nome da banda nasceu de uma reflexão sobre os valores da sociedade atual comparando as capas de CD em geral. Enquanto a capa do CD delux edition vem com o encarte mais sofisticado, o encarte de papelão muitas vezes apresenta-se com o mesmo conteúdo, não ligando para aparências. Assim viramos Edição de Papelão”, explicou a vocalista Jéssica Bento sobre como surgiu o nome do grupo.

A DK 80 é uma banda de veteranos que estão na ativa desde a década de 1980, época em que nasceram várias bandas de rock, acompanhando o movimento nacional responsável por consolidar o rock brasileiro. Conforme o guitarrista do grupo, Fanderson Dantas, um dos projetos do grupo é valorizar bandas que ainda estão batalhando por seus espaços, assim como eram os integrantes da DK naqueles anos 80, que tentavam furar todos os bloqueios impostos pelas dificuldades de quem está começando.

Segundo o vocalista da DK, Josemar Sales, em todas as suas apresentações o grupo decidiu que vai convidar uma banda em início da carreira para fazer participações ou mesmo pré-shows como forma de valorizar o trabalho de quem ainda busca seu espaço. O próximo projeto a ser colocado em prática será levar a música para as escolas públicas a fim de descobrir novos talentos e usar a música como instrumento de reflexão para a cidadania, uma vez que o rock dos anos 80, inclusive as autorais, falam de consciência política e atitude para mudar a sociedade.

Na apresentação da noite desta sexta-feira, a DK 80 irá fazer um passeio nos clássicos de Legião Urbana e de outras bandas que fervilharam o país naqueles anos de transição política, como “Até quando esperar”, “Fábrica”, “Inútil”, “Toda forma de poder” e “Bichos escrotos”, músicas cujas letras referiam-se à política da época, mas que estão bem atuais. Mas Fanderson afirma que outras músicas estão no repertório, como “The Wall”, de Pink Floyd. “Tocaremos uma autoral, Anistia, que tem uma pegada muito semelhante à das músicas que eram tocadas pelas bandas da década de 80”, disse o vocalista.