Mpb da nova geração é o termo que estão usando para descrever as cantoras que têm aparecido fazendo música popular brasileira. A classificação musical que ficou conhecida no mundo todo abrange nomes como Chico Buarque, Ney Matogrosso, Elis Regina e, hoje, alguma décadas depois, está recebendo uma onda de cantoras de voz doce, letras leves e cheias de brasilidade. É o caso da cantora Leka Denz, que mistura ritmos como samba, rock, reggae e jazz em suas apresentações.
Agora em carreira solo, a cantora se prepara para representar Roraima e a música do norte no festival Femucic, em Maringá (PR), com a interpretação de ‘Dama do baralho’, música de Neuber Uchoa.
A 38ª edição do Festival de Música Cidade Canção (Femucic) recebeu esse ano 1.131 músicas, provenientes de todos os estados do País, com representantes de 137 cidades – dessas, 26 foram selecionadas. “Era um sonho antigo participar desse festival, que já tem tradição na música brasileira”, contou. O show será realizado os dias 10 e 11 de junho.
Segundo ela, a cantora escolheu especificamente essa música por se identificar com a letra e harmonia. Apesar de ter nascido no Rio Grande do sul, a cantora diz que a música roraimense é a sua principal fonte de inspiração. “O Neuber Uchoa tem sido um grande parceiro, e essa música é uma das tantas pelas que me apaixonei. Para mim, é muito natural interpretar as músicas dele. Às vezes sinto que ela é feita para mim, para o que eu sinto”, relata.
Em seus shows, a cantora apresenta versões e arranjos feitos por ela e pelos músicos que a acompanham. O repertório envolve música popular brasileira, mas sempre colocando uma roupagem musical regionalista.
“Está sendo um momento muito especial para mim, de reconhecimento, após o trabalho com a Regiojazz, onde pude circular com o projeto Amazônia das artes, aprendi muito, amadureci para a música”, disse.
Sua intenção agora é lançar um CD com músicas autorais. “Estou compondo um repertório novo, ensaiando um novo show. O Artista deve investir na música autoral. Ele precisa desenvolver a sua linguagem e sua identidade. A música é uma ferramenta importantíssima para a divulgação da cultura. E Roraima passa por um momento brilhante para a música”, contou.
Leka começou a cantar profissionalmente aos dezoito anos. De lá para cá, passou por diversos gêneros musicais. “Considero me desenvolver como artista desde 2011, quando comecei a participar de mostras de música, e tive sucesso nessa empreitada”, disse. Para o show em Maringá, a cantora quer mostrar tudo isso. “Eu sempre busco autenticidade na apresentação e ser fiel, apesar de ser gaúcha, sinto que as minhas raízes são daqui” finalizou.