Como a prática do ballet pode melhorar desempenho das crianças

O Ballet é uma dança que envolve movimentos leves e delicados, que exigem a prática e o aperfeiçoamento de resistência e disciplina. Mas para além da beleza, as aulas também proporcionam diversos benefícios ao físico, como desenvolvimento da estrutura muscular e até capacidade cognitiva das crianças. 

Quase todas as atividades do ballet infantil aprimoram a coordenação motora, durante uma dança não há comunicação verbal, por isso a expressão corporal é muito explorada. As técnicas são aperfeiçoadas através da prática, que com a persistência, podem auxiliar questões de desenvolvimento. 

Com ritmo, criatividade, expressão corporal e muitas habilidades físicas, os bailarinos são profissionais que através das danças, podem trabalhar a postura, flexibilidade, autoestima, disciplina, ritmo e memória dos alunos. 

Em Roraima, as aulas de ballet infantil ganharam um lugar especial com a inauguração da academia de danças, Angel’s voltada especialmente para o ritmo. Angélica Tribino, de apenas 18 anos, abriu o negócio na capital e conta sobre o início do empreendimento, que de acordo com ela, teve total incentivo da família. 

“Iniciei no ballet com 3 anos e a partir dos meus 12 anos eu já comecei a trabalhar como auxiliar na área. Fui me apaixonando ao decorrer dos anos e vendo que isso é realmente uma profissão incrível. Então veio a academia, com o baque da pandemia, a ideia partiu da minha irmã, como eu sou o fruto dessa dança ela quis investir em mim. É um negócio de família”, disse. 

A jovem conta que nos negócios, os irmãos cuidam da parte administrativa, e ela da pedagógica. A academia de dança oferece as modalidades de Baby Class, Ballet Infantil, Ballet Moderno, Jazz, Break, e Kpop. Ela conta sobre a paixão que a motiva a dar aulas para as pequenas.  

“É incrível, sou muito apaixonada pela pedagogia infantil e a psicologia. Temos outros professores voltados para o estudo do funcionamento de como a criança reage, do desenvolvimento da criança dentro do ballet, não é só a dança que importa. Eu tenho planejamento de carreira para cada bailarina”, contou. 

As aulas são recomendadas para crianças a partir de 3 anos, mas existem alguns casos específicos como o da Elena, de apenas 2 anos, que se adaptou tão bem que conseguiu fazer parte da turminha de ballet. 

“É minha filha única e senti diferença durante esses meses aqui, na questão da coordenação motora, obediência, disciplina junto com a professora e também na interação do trabalho em grupo com outras crianças. Ela já sabe os dias, e no horário da aula ela já me cobra, entra no quarto e pede para eu separar a roupa da aula. É uma felicidade acompanhar esse desenvolvimento e aproximação dela com a música, que eu acho importante desde cedo” contou Eleno Loureiro, pai da pequena Elena. 

Crianças com problemas de autoestima, sintomas de estresse ou ansiedade podem encontrar no ballet uma oportunidade de melhora, não só devido à atividade em si, mas também devido ao contato frequente com outras crianças.