Quando se pensa em Carnaval em Boa Vista, logo se pensa em um dos blocos mais tradicionais da capital, o Canaimé, um dos blocos que atravessa os anos sempre buscando pela revitalização e ganhando cada vez mais sua importância histórica.
Criado em 2009, o Canaimé surgiu dentro da família de Vinicius Linhares, que hoje é diretor do bloco. O nome foi escolhido para homenagear um dos personagens mais fortes da cultura de Roraima, o Canaimé, conhecido como um justiceiro na mitologia indígena, o verde do abadá também homenageia a natureza da região.
Assim como a maioria dos blocos em Boa Vista, o Canaimé surgiu como uma opção para a folia dos brincantes. “O Canaimé é familiar, começou como uma opção para brincar o Carnaval, porque não tinha nas avenidas da cidade, não existia essa brincadeira de sair nas ruas para pular a data”, relembrou Vinicius.
Segundo ele, os membros da família se reuniram, para alugar um ônibus com um som, com cerca de cinquenta pessoas. “Era praticamente uma festa privada, feita no improviso, o som não era da melhor qualidade, mas fazia o barulho que a gente precisava para brincar, coisas de Carnaval”, relembra.
De lá pra cá, o bloco cresceu e possui mais de 3.500 pessoas, o mesmo quantitativo de grandes grupos de Salvador.
“Também não é legal um bloco com mais pessoas do que isso, fica inviável, as pessoas ficam muito distantes do som, então já conseguimos alcançar nosso objetivo”, disse.
O grupo ficou responsável pelo início e encerramento do Carnaval de rua. Na sexta-feira foi a vez do grupo Ara Ketu, e nesta terça-feira o bloco vai às ruas ao som de Juninho da Pegada, a partir das 23 horas. A concentração se inicia a partir das 21 horas na Praça das Águas.
Segunda (12)
19h – desfile de fantasia e bloco infantil/livre – Banda Elos
20h – Bloco Show de Bola
22h – Bloco Quadrilheiros
23h – Bloco Camaleão
Terça (13) 19h – Bloco Porca que Fuça
20h – Bloco Palhaços
22h – Bloco Dente de Leite
23h – Bloco Canaimé