Especialista aconselha mães a conversarem com filhos sobre pais ausentes

Com o Dia dos Pais chegando, muitas pessoas podem ficar nostálgicas e lembram do pai que se foi ou que nunca esteve presente, mesmo vivo. Conforme dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), com base no último Censo Escolar, há pelo menos 5,5 milhões de crianças brasileiras sem o nome do pai na certidão de nascimento.

Por isso, na maioria dos casos, a mãe precisa assumir o papel de única responsável pela criança e ensinar ao filho como aprender a lidar com a ausência de um pai. Para compreender como funciona esse processo, a FolhaBV conversou com duas psicólogas sobre o assunto.

Segundo a psicopedagoga, Graciela Ziebert, as mães conseguem suprir a ausência da figura paterna dos filhos, sendo ainda mais presentes na vida deles e fornecendo o dobro de suporte emocional.

“Para superar esse tipo de situação, a criança precisa se sentir emocionalmente segura. Então, é importante que a mãe converse com o filho, seja sincera, mas nunca fale para a criança que ela é o motivo de o pai não estar lá. O autocontrole é essencial para uma mãe ajudar o filho nesse processo de superação”, disse.

Além disso, a profissional ressalta que é importante contar com o apoio de outros familiares, que ajudem a suprir o espaço do ausente, sejam tios, avós ou amigos da família.

“Hoje em dia, a gestão das escolas está mais consciente sobre a ausência familiar de alguns alunos, por isso faz o ‘Dia da Família’, sem priorizar o pai ou a mãe. Porém, caso isso não aconteça, é indicado fazer a criança se sentir confortável para ela convidar quem quiser, seja o irmão mais velho, o avô, ou até mesmo a mãe”, explicou.