Especialista dá dicas para a prevenção da doença

Osteoporose é uma doença metabólica, sistêmica, que acomete todos os ossos. Como qualquer outro tecido do nosso corpo, o osso é uma estrutura viva que precisa se manter saudável, e isso acontece mediante a “remodelação” da célula óssea velha em nova durante toda a vida. De acordo com o especialista em densitometria óssea Dr. Marcos Albuquerque a osteoporose ocorre quando o corpo deixa de formar tecido ósseo novo (pelos osteoblastos) em quantidade suficiente, ou quando o tecido ósseo é reabsorvido pelo corpo (pelos osteoclastos) em quantidade aumentada – ou ambas atividades combinadas. “Se os ossos não estão se renovando como deveriam, ficam cada vez menos densos, portanto, mais frágeis e sujeitos a fraturas espontâneas”, relata o médico.

A doença atinge homens e mulheres. Para incentivar a prevenção, a organização mundial de saúde (OMS) criou a data 20 de outubro como o Dia Mundial da Osteoporose. O dia marca a campanha global de conscientização da doença alertando sobre a importância da prevenção, diagnóstico e tratamento.

O médico explica que a melhor forma de evitar-se a doença (osteoporose) é a prevenção. Diz que uma dieta alimentar adequada, juntamente com atividade física, pode fazer a grande diferença para a saúde dos ossos e influenciar na capacidade de viver uma vida plena, saudável e livre de fraturas.

Segundo ele, dietas saudáveis e níveis adequados de vitamina D estão associados ao aumento da massa óssea no corpo humano. “Existe um papel fundamental da nutrição no desenvolvimento de um esqueleto saudável” comentou.

Conforme o especialista, leite e seus produtos derivados são as principais fontes de cálcio. A vitamina D é encontrada principalmente em peixes, castanhas e amêndoas. A exposição ao sol é necessária para a ativação da vitamina D, metabolizada no fígado e nos rins, e aí, sim, permitir a absorção de cálcio no intestino.

Existem algumas condições clínicas e hábitos de vida que podem desencadear a doença, com a menopausa com consequente diminuição da quantidade de estrógenos pela falência natural dos ovários  produzido nas mulheres, como importante fixador do cálcio nos ossos, o diabete, hiper ou hipotireoidismo, uso prolongado de corticoides, quimioterápicos, tabagismo, alcoolismo, sedentarismo, entre outros.

“A densitometria óssea é o exame ideal (padrão ouro) para o diagnóstico da osteoporose por detectar a redução da massa óssea de maneira precisa. A densitometria óssea avalia a coluna lombar e a região proximal do fêmur. Isso porque essas áreas são as que mais estão sujeitas ao risco de fraturas. A densitometria óssea é um exame rápido, indolor e realizada em um equipamento aberto (dura cerca de 15 minutos)”, comentou .

Estudos mostram que um percentual grande da população adulta e idosa ingere níveis inferiores aos recomendados de cálcio, a ingestão diária ideal é em torno de 1000 mg a 1500 mg. Somando-se aos baixos níveis de vitamina D que atingem a população mundial, incluindo a América Latina. “O estilo de vida, os níveis de massa corporal, o tabagismo e consumo excessivo de álcool podem aumentar as chances de fratura óssea para um número substancial de pessoas. Mas não é o fator principal”, finaliza.

Tipos de Tratamento:

Dieta, suplementação com vitamina D, exposição diária ao sol por até 10 minutos, medicamentos à base de Bisfosfonatos (diários, semanais, mensais, semestrais ou anualmente), assim como reposição de estrógeno, calcitonina, atividade física e correção dos hábitos higiênico-dietéticos, entres outros, todos sob orientação médica.