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Fisioterapeuta explica sintomas e tratamentos da Incontinência Urinária

Para o tratamento, a fisioterapeuta pélvica Caroline Queiroz recomenda exercícios para fortalecer os músculos que ajudam a controlar a micção

A incontinência urinária é aquela perda involuntária de xixi, problema comum e muitas vezes constrangedor que incomoda muitas mulheres em suas rotinas. De acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia, a doença atinge 10 milhões de brasileiros de todas as idades, sendo mais comum entre o sexo feminino.  

De acordo com a fisioterapeuta pélvica Caroline Queiroz, a doença não é fatal, mas é incapacitante. “O problema afeta todas as faixas etárias e muitas das vezes o paciente não procura ajuda. Em alguns casos, a pessoa não consegue segurar a urina ao fazer esforços como tossir, espirrar, correr e ir até a academia. Em outros casos, a vontade de ir ao banheiro é tão súbita e forte que não dá tempo de chegar até lá”, explica.

A doença ocorre quando o indivíduo não tem força muscular pélvica suficiente e isso acarreta o vazamento de pequena a moderada quantidade de urina. “Isso causa um impacto muito grande na qualidade de vida das pessoas. Constrangimento social, mau cheiro, etc. Tornam-se pessoas deprimidas. Algumas elas evitam lugares onde não podem estar próximas de um banheiro, por exemplo, e acabam ficando em casa e evitando situações rotineiras”, contou.

Segundo Caroline, uma coisa simples pode impedir o tratamento, como não se sentir à vontade em discutir incontinência urinária em uma consulta médica. “Mas se o problema é frequente ou está afetando sua qualidade de vida, é importante buscar ajuda, pois a incontinência urinária pode indicar uma condição mais grave, além de restringir suas atividades e limitar suas interações sociais. Outro exemplo é que pode aumentar o risco de quedas em idosos, uma vez que precisam correr para o banheiro”, relatou.

Para o tratamento, ela recomenda exercícios que ajudam a controlar a micção para fortalecer os músculos. Os tratamentos atuais são eficientes e trazem melhora para 80% dos casos. “Essas técnicas são especialmente eficazes para a incontinência de esforço, mas podem também ajudar a incontinência de urgência”, disse. Se outros tratamentos não estão funcionando, ainda existem vários procedimentos cirúrgicos.

Mitos
Muitas pessoas têm o costume de fazer xixi antes da hora e programa idas ao banheiro a cada duas ou quatro horas em vez de esperar a necessidade. Segundo Caroline, isso não é indicado, já que não treina a bexiga a contrair-se. “Tanto quanto segurar o xixi, ir ao banheiro sem vontade não faz bem à saúde. Isso pode acarretar a constipação intestinal, um problema que muitos brasileiros possuem por não irem ao banheiro fora de casa”, disse.

A fisioterapeuta atenta também para outro mito. Ela relata que muitos pacientes começam a ingerir menos líquidos para evitar a incontinência. “A baixa ingestão de líquidos pode até piorar os sintomas”, ressalta.