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Fisioterapia auxilia no tratamento da Labirintite

Os exercícios de reabilitação repetidos regularmente podem amenizar os sintomas da vertigem, tontura e problemas com o equilíbrio incluindo a labirintite

Os exercícios de reabilitação repetidos regularmente podem amenizar os sintomas da vertigem, tontura e problemas com o equilíbrio incluindo a labirintite

A labirintite é uma doença do ouvido que afeta o labirinto e suas estruturas responsáveis pela audição (cóclea) e pelo equilíbrio (vestíbulo). A labirintite tem cura e o seu tratamento é feito com base nas suas causas. Em alguns casos, a labirintite se cura espontaneamente, em outros, o tratamento é feito com o uso de medicamentos, dieta específica e até outras terapias, como fisioterapia.

A fisioterapia é uma área que também pode atuar nas crises agudas de labirintite. O fisioterapeuta poderá realizar manobras e mobilizações na cabeça do paciente lentamente a fim de reposicionar os cristais presentes no ouvido e, assim, melhorar o equilíbrio. Exercícios vestibulares também são indicados

O tratamento auxilia diretamente na tontura, um termo usado para explicar a sensação que temos quando há algo errado com o nosso senso de equilíbrio. Os sintomas são basicamente sensações de movimentos giratórios, como se tivesse balançando para frente e para trás. De acordo com a fisioterapeuta Marian mesquista, a fisioterapia vestibular atua nos mecanismos de compensação das estruturas lesadas por meio da habituação, que significa a redução da resposta sensorial, no caso, a tontura.

Segundo ela, os três primeiros dias da crise são os mais difíceis, pois os sintomas da doença são mais acentuados e provavelmente o indivíduo não conseguirá trabalhar ou estudar. Aos poucos, os sintomas vão desaparecendo, até que o indivíduo fique curado.

“Vale ressaltar que a fisioterapia precisa ser bem indicada, dependendo da causa do problema e do paciente. Por isso, é ideal procurar um médico antes para avaliar e direcionar o tratamento adequado”, explicou a fisioterapeuta Marian Mesquita.

Ela explica que mediante um estímulo, no caso, os exercícios de reabilitação repetidos regularmente podem amenizar os sintomas da vertigem, tontura e problemas com o equilíbrio incluindo a labirintite. “Inicia-se a execução dos exercícios em terapia para que, posteriormente, possam ser realizados em casa, permitindo que a pessoa realize o trabalho terapêutico sozinha, evitando vários comparecimentos a consultas, o que lhe proporciona maior autonomia”, relata a especialista.

No caso das crianças, é importante prestar atenção a sinais de disfunções de equilíbrio, que podem ser quedas recorrentes, vômitos suspeitos, xixi na cama, mau rendimento escolar, medo de escuro ou medo de usar brinquedos que tenham movimento, como um gira-gira ou um escorregador, por exemplo.

Outras patologias em que a fisioterapia atua são a hipofunção vestibular bilateral e unilateral e vertigem postural paroxistica benigna unilateral e bilateral. De acordo com a especialista, em casos de vertigem crônica e de origem sistêmica, a alteração no estilo de vida é necessária.

“O incentivo a exercícios físicos, esportes ou mesmo caminhadas, que além de combater o estresse, propiciam bem-estar e melhor sono noturno. Outras orientações no combate à insônia podem auxiliar também na prevenção como, dormir no máximo sete horas por noite, evitar café, chá, chocolate e cigarro no período noturno, evitar refeições pesadas antes de dormir e manter uma boa alimentação diária”, comentou.