Cadernetas, cafezinho, páginas do jornal Folha de Boa Vista e uma antiga máquina de escrever, elementos que fazem parte das redações roraimenses. Essa foi a forma que a jornalista Débora Cavalcanti escolheu para homenagear o jornalismo, uma das paixões de sua vida.
Formada desde 2011, seu aniversário é um dia após o dia do jornalista, comemorado dia 07 de abril. Sua mãe Beta Cavalcanti e Helton Cavalcanti eram antigos profissionais de TV.
Em tantas notícias, Debora relembra bons e ruins momentos da profissão. “Comecei a trabalhar como repórter a convite de Wilson Barros, e trabalhava desde a editoria de polícia a cidades”, contou.
Para a decoração da Festa, ela usou exemplares da Folha de Boa Vista, câmeras de vídeo, máquinas fotográficas, blocos de anotação, caneta, um rádio, tudo para representar a rotina do profissional no mundo das notícias. “Ser jornalista sempre foi um sonho, e poder repassar as informações com compromisso e seriedade, um grande objetivo”.
Folha
Ela escolheu as páginas do jornal para decorar sua festa pela admiração que tem de muitos jornalistas, entre eles os que atuam no Jornal Folha de Boa Vista. “A Folha consegue ultrapassar esses limites, uma linguagem mais próxima do leitor, do internauta, as mídias sociais estão mais próximas das pessoas. E também acaba pautando outras mídias, e por isso escolhi a Folha para homenagear a todos que escolheram essa profissão, para mostrar um pouco do que a gente é”, finalizou.
Profissão
Atualmente, Débora atua como diretora de jornalismo. “Tivemos uma oportunidade de cobrir o Festival de turismo em Gramado, no Rio Grande do Sul. Outro momento marcante foi o de cobrir momentos difíceis, como um caso de homicídio que ocorreu. Para o jornalista, mostrar os fatos é um ato de coragem”, relembrou.
Para ela, o jornalismo em Roraima tem evoluído e oferece um mercado promissor, mas a categoria deve sempre lutar por melhorias. “A profissão é muito árdua, às vezes não tem o reconhecimento de merece, e por isso é preciso ter muita paixão. O jornalismo sempre será difícil de fazer, é preciso sempre ser cauteloso e ouvir os dois lados. Isso é ser jornalista”, contou.
Origem do Dia do Jornalista
O Dia do Jornalista foi criado pela Associação Brasileira de Imprensa (ABI) como uma homenagem a Giovanni Battista Libero Badaró, importante personalidade na luta pelo fim da monarquia portuguesa e independência do Brasil.
Giovanni Badaró foi médico e jornalista, e foi assassinado no dia 22 de novembro de 1830, em São Paulo, por alguns dos seus inimigos políticos. O movimento popular que se gerou por causa do seu assassinato levou D. Pedro I a abdicar do trono em 1831, no dia 7 de abril, deixando o lugar para D. Pedro II, seu filho, com apenas 14 anos de idade. Foi só em 1931, cem anos depois do acontecimento, que surgiu a homenagem e o dia 7 de abril passou a ser Dia do Jornalista.