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Míssil Javali na produção do seu primeiro EP

Míssil Javali: Art rock, um subgênero que possui influências da música experimental e da vanguarda

Quem está por dentro da música independente em Roraima, certamente já conhece o som autoral da Míssil Javali, mas para quem ainda não se deparou com o grupo em alguma festa de universitários, é uma chance de conhecer um som autenticamente roraimense.

A Míssil passeia pelo meio da MPB, pop rock, rap e até mesmo o brega, suas músicas abordam o cotidiano do caboco roraimense pelos anseios da vida. As letras em maioria são escritas pelo vocalista Iohay Timbó de 16 anos. Apesar da pouca idade, a vontade de experimentar novos sons e estarem abertos a novos estilos, acabam fazendo da Míssil uma banda promissora de Art rock, um subgênero que possui influências da música experimental e da vanguarda.

Além de Iohay, a banda também tem outros compositores e vocalistas como Jimmy, que atua na guitarra base, Julio Cesar que também é baixista e o baterista Alexandre Cavalcante, a banda fica completa com o guitarrista Emerson Nativo. As músicas são compostas por todos os membros do grupo, um consenso foi alcançado ao decidir que todos cantariam. Cada um interpretaria a música que quisesse. Iohay, como vocalista principal, ficaria com a maior parte delas.

“A gente divide bastante as nossas músicas, na hora de compor. Mas as músicas que estamos produzindo em estúdio são de minha autoria. “A alma do negócio” e “Malabaristas e acrobatas” são músicas que falam sobre a individualidade do ser humano em frente à sociedade que vivemos hoje”, relatou Iohay. Para o vocalista, a Míssil apresenta as raízes roraimenses. “Queremos falar do estado que vivemos, por exemplo, quando citamos os garimpeiros, índios, paisagens culturais, tratar um peixe na beira do rio, quem nunca fez isso?”

Em estúdio, a banda ganha mais credibilidade ao gravar dois singles que irão fazer parte de um ep ainda sem previsão para o lançamento. “Os singles irão servir de divulgação para a Míssil, já que até o momento temos apenas gravações caseiras na internet”, relatou o baterista Alexandre.

Para o futuro, a banda almeja sucesso. “Tocar a música dos outros pode até ser bacana, mas temos muitas coisas que temos dentro da nossa cabeça que queremos falar”, finalizou Iohay.