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Movimento Puraké realiza a II Remada Ecológica

O evento ocorre neste sábado,1º. O percurso será de 10km até o Porto do Babazinho

O Movimento Puraké realiza no dia 1º de dezembro, a II Remada Ecológica em Defesa das Águas de Roraima. O evento que conta com apoio de vários parceiros, este ano, tem o objetivo de chamar atenção para a degradação do Rio Cauamé, afluente do rio Branco.

A concentração será 13h e saída 14h da Praia da Polar no rio Cauamé. O percurso será de 10km até o Porto do Babazinho, no rio Branco, onde a banda Jamrock fará o show principal, com participação da banda Joana Dark.

No dia 1º de dezembro, o Movimento irá disponibilizar um caminhão no Porto do Babazinho para levar os caiaques/sup até a praia da Polar, das 12h até 12h40min. O porto do Babazinho fica localizado na Avenida Major Williams, descida para o rio Branco.

Não serão permitidos veículos motorizados. A remada contará com o apoio da Defesa Civil Municipal de Boa Vista.

Para Bruno Souza, um dos coordenadores do Movimento Puraké, o evento é importante para chamar a atenção da sociedade e da classe política sobre a necessidade de conservar a bacia do rio Branco, em especial o rio Cauamé que vem sendo rapidamente destruído pelo despejo de esgoto e pesticidas, desmatamento, dentre outros fatores. Ou defendemos os nossos recursos hídricos ou plantaremos um futuro sombrio para as gerações que estão chegando.

A destruição das águas de Roraima afeta também o setor produtivo, como o turismo e agronegócio, por exemplo. 

I EDIÇÃO

A I Remada Ecológica realizada ano passado pelo Movimento Puraké, abordou a questão da degradação dos recursos hídricos de Roraima causada pelo aumento no uso de agrotóxicos, desmatamento e pelos garimpos. Naquela ocasião foram coletadas assinaturas que resultaram em duas audiências públicas, uma em Boa Vista e outra em Caracaraí, que discutiram “o Futuro da Bacia do Rio Branco”, com parceiros importantes como o MPF-RR, Diocese de Roraima, Universidade Federal de Roraima, Prefeitura de Caracaraí, dentre outros. 

Histórico

O Movimento Puraké atua contra o que considera ser a principal ameaça às águas de Roraima: a hidrelétrica do Bem Querer, que segundo os organizadores da remada, pode transformar o Rio Branco em um lago de 560 quilômetros quadrados e 150km de extensão, indo das corredeiras do Bem Querer em Caracaraí até o encontro dos rios Uraricoera e Tacutu, garantindo apenas por quatro meses a demanda anual do Estado de Roraima. O Movimento Puraké apresenta alternativas energéticas mais eficientes e seguras como é o caso da energia gerada pelo sol, pelos ventos e pela biomassa. 

O Movimento Puraké foi criado por um grupo de amigos em 2012, no início da história da Hidrelétrica do Bem Querer, com o propósito de chamar a atenção para a ameaça ao Rio Branco, criando espaços para que houvesse diálogo e participação da sociedade. A ideia é dar um choque de informação na sociedade para que ela possa participar das decisões que envolvam temas como a energia, o lazer, a pesca, o turismo e qualidade de vida das gerações atuais e futuras.