Há quem acredite que determinados empregos devam ser executados somente pelos homens, mas as mulheres já provaram o quanto esse conceito é ultrapassado. A realidade é que elas estão cada vez mais indo à luta, em busca de posições de destaque.
Uma delas é Maria Loureto, mãe de cinco filhos. Há 12 anos ela deixou de ser uma simples dona de casa para seguir o sonho de ser motorista.
Contrariando a opinião de muitas pessoas, Maria foi à busca de emprego em uma empresa de terraplanagem onde teve a primeira oportunidade. “Me disseram que só tinha vaga para dirigir caçamba e como eu já possuía carteira AD pedi para fazer o teste de direção e passei, desde então já dirigi microônibus, van, ambulância e hoje trabalho como motorista de uma rádio. Sou muito feliz com a profissão que escolhi e dirijo melhor que muito homem”, contou.
Pouco tempo atrás a engenharia era vista como um campo de atuação masculina. Os tempos estão mudando e a presença feminina também está cada vez maior nessa profissão.
Tocar uma obra, comandar centenas de homens têm sido a rotina de Yasmilla Carramillo, engenheira civil da Secretaria Estadual de Infraestrutura, que hoje se divide entre a carreira profissional e a de mãe. “É complicado para nós como mulheres assumir uma responsabilidade perante uma sociedade que ainda é muito machista, todo dia sofremos preconceito, mas eu encaro numa boa, busco fazer o melhor em tudo”, destacou.
Na educação é cada vez mais crescente o número de mulheres. Na Univirr (Fundação Universidade Virtual de Roraima), por exemplo, essa realidade não é diferente. Dos 196 funcionários da instituição, 109 são mulheres.
Os cargos ocupados por elas são variados: vai desde apoio administrativo, até a reitoria da Universidade que tem uma mulher no comando, a reitora Júlia América Vieira. Nos cursos de graduação e especialização oferecidos pela Univirr, as mulheres também são maioria.
A chefe de gabinete, Virlandia Lacerda, se diz realizada, tanto na vida pessoal, quanto na profissional. “Eu acho muito tranqüila essa rotina de ser mulher, ser mãe e profissional, isso faz parte do nosso dia a dia, e temos que além de tudo, aproveitar a vida da melhor maneira. Devemos nós mesmas enxergar a vida de outra forma e vermos que somos capazes, pois essa é a essência feminina”, destacou.
Quem também se dedica ao trabalho e à família é Silvia Souza, coordenadora de Centro Multimídia do governo. Formada em Letras, ela se desdobra para cuidar dos filhos, marido e da vida profissional. “Temos múltiplas tarefas e temos que dar conta de tudo, isso é ser mulher, ser forte, ser guerreira, sem deixar de cuidar de si”, enfatizou.