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O Estilo Camaleão de Yohane

O principal hobby da garota é vencer campeonatos de Cosplayers representando seus personagens preferidos

A bela e simpaticíssima Thalyta Yohane tem apenas 20 anos, mede 1,64 m, pesa 55 quilos, possui olhos castanhos escuros e atua profissionalmente como lojista.

O principal hobby de Yohane é vencer campeonatos de Cosplayers representando seus personagens preferidos.

Seu forte é ter grande facilidade para mudar de feições rapidamente. Yohane se transforma como ninguém nas figuras dos mangás japoneses em que se insere.

Seu estilo diversificado e gosto refinado pelos detalhes na confecção das personagens instigam a jovem a encantar no trato da figuração. Veja o que ela diz:

Reparando suas fotografias no facebook, percebi o quanto você muda de feições usando penteados diferentes, tinta no cabelo, maquiagem ou representando um personagem. Você se acha um ‘camaleão’? Alguém já te afirmou estas diferenças no teu comportamento?

Sim, e eu gosto do meu próprio estilo. As pessoas me encontram e dizem: – Como você muda de feição tão fácil? Eu te encontrei ontem e você já está tão diferente! Muitas pessoas me falam isso e eu já me acostumei, pois adoro mudar, adoro me tornar diferente. Elas também me perguntam onde faço o cabelo e compro minhas roupas (risos).

Fale mais sobre você! Como você se define?

Bom, eu sou uma pessoa muito, muito alegre. Adoro fazer amizades, mas sou também exigente e sincera. É simples assim!

Quando começou sua paixão pelo universo Cosplay?

Começou quando conheci o mundo dos animes. Eu observava, na internet, os personagens que amava. Depois de muitas pesquisas, comecei a trabalhar de verdade no assunto e cada vez mais a identificação, essa paixão, aumentava em mim.

Como você cria seus cosplayers?

O primeiro que fiz foi para um evento de animes, em 2012. O personagem era a Hinamore, de Bleach, mas para isso eu tenho uma ótima costureira, que é a minha mãe-avó. Ela me ajuda a fazer os Cosplayers e eu a ajudo com os assessórios. Nós duas trabalhamos muito nisso (risos).

Você não tem medo de ousar? Você encara se a personagem exigir uma postura mais sexy?

Acho que sim (risos). Na verdade, se eu for apaixonada pela figura, pode ser que role, pois eu adoro desafios que me fazem crescer.

Como tem sido a receptividade do público e a aceitação dos amigos e dos familiares com seus trabalhos?

Minha família acha tudo muito legal. Eles já sabiam que eu gostava de animes e mangás, daí, não foi tanta surpresa assim. Meus amigos me apoiam, é algo bem normal. Já quanto ao público, fiquei mais conhecida depois do meu cosplay da Crystal Maiden, de Dota 2. Gosto disso, eu me sinto muito bem.

Qual é seu personagem preferido?

Difícil de responder. Eu amo vários. Mas sendo instantaneamente seletiva (risos), adoro Bleach, meu anime favorito de todos os tempos.

Quais cosplayers você já fez?

Já fiz Hinamore, de Bleach; Luffy, de One Piece; Misa Aname, de Deach Note; Elizabeth, de Bioshock Infinite; Crystal Maiden, de Dota 2; Junko Enoshima, de Danganronpa, entre outros.

O que é necessário para ser um bom cosplay?

Quando você gosta de uma coisa, tudo fica mais divertido e prazeroso. Tem que se esforçar muito, ter paciência. Depois, saber lidar com o assédio dos fãs de animes. E, claro, por mais que seja difícil, nunca desistir dos seus Cosplayers.

Você também atua como Lolita?

Sim! Acho as Lolitas fantásticas. É tudo muito lindo e perfeito. Estar como Lolita é se sentir uma princesa. A sensação é ímpar.

O que a cultura japonesa representa para você?

É uma das culturas mais belas do mundo. Sua filosofia é, para mim, a mais encantadora, me cativa e me incentiva no meu modo de vida. Eu me caracterizar como um dos personagens dos mangás é uma das coisas que mais amo fazer.

Atualmente, está na moda uma reinvenção do Cosplay, o ‘Cospobre’, de forma a ironizar os personagens tradicionais utilizando recursos caseiros. Como você percebe essas diferenças, você também curte o Cospobre?

Acho o ‘Cospobre’ muito divertido (risos). Digo sempre que qualquer um pode fazer Cosplay, e acho que o Cospobre é a maneira mais fácil de explicar essa sensação. Todo mundo pode fazer Cospobre. É somente ousar na criatividade e se divertir.

Você já passou por alguma situação engraçada durante os eventos como cosplayer?

Sim, várias (risos)! Tipo quando um fã do personagem que fiz se declarou para mim (risos), ou quando em uma competição de games os participantes campeões querem me levar para casa em troca da premiação (risos)… morro de vergonha disso tudo, mas é divertido.

Existem incentivos, como patrocínios para determinado cosplay, na participação de eventos?

Nem sempre. Alguns já foram patrocinados, porém a maioria faz tudo por amor à cultura, tirando dinheiro do próprio bolso para a confecção das fantasias e até mesmo para a realização de alguns encontros de disputas, embora todo esse universo de Cosplay esteja em alta atualmente.

Você curtiria a multiplicidade cultural de um encontro que pudesse reunir os amantes de quadrinhos, do colecionismo de brinquedos, os gamers, os cosplayers, as oficinas de artes personalizadas, etc, em um só ambiente?

Isso seria incrível, pois adoro quadrinhos, figuras de ação e jogos. Esse é o universo dos jovens atualmente. E, de quebra, retrocede também para os adultos e para as famílias. O universo Geek e Nerd em um só ambiente é tudo o que esperamos, como encontros anuais em nossa capital.