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Pediatra dá dicas para prevenir alergias alimentares em bebês

Pediatra explica qual é a melhor abordagem para prevenir a alergia dos bebês ao alimento

Com as alergias alimentares em crianças em ascensão, muitas vezes, os pais se perguntam como podem evitar esse problema no bebê. A pediatra Ana Carolina Brito dá dicas às famílias sobre a introdução de alimentos e a prevenção de alergias nos recém nascidos.

Segundo ela, a principal recomendação é a amamentação nos primeiros seis meses do bebê, após esse período é interessante introduzir os alimentos alergênicos. Uma vez que eles são introduzidos, a exposição é importante para a manutenção da tolerância. As crianças devem comer esses alimentos regularmente, porém é necessário observar o comportamento delas.

“A primeira recomendação para o bebê é o aleitamento materno, que irá fortalecer o sistema imunológico do pequeno para alergias alimentares e até outros componentes como talco, creme, a fralda, até para outras situações. Diante de qualquer dificuldade na hora de alimentar a criança é indicado que os pais procurem a pediatra”, reforçou Ana Carolina.

A partir do momento que o bebê começa a receber outros alimentos, os pais devem ficar atentos aos alergenos mais comuns que são: leite de vaca, soja, amendoim, nozes, ovos, trigo, peixe, mariscos e gergelim.

“O bebê pode ter reações individualizadas e não generalizadas, a mãe ou o pai tem que ficar atento a inchaços, seja nos braços, mãos ou boca. Ao ter uma alergia, a criança também pode apresentar regiões avermelhadas ou coceira”, explicou.

Conforme a pediatra, os sintomas podem apresentar alergia ou uma intolerância momentânea. As reações mais graves e rápidas acontecem imediatamente depois de ingerir o alimento ou num intervalo de até duas horas e as menos graves ou tardias podem ocorrer algumas horas ou até duas semanas depois da ingestão do alimento; são mais difíceis de diagnosticar.

Quando a reação é mais grave, a criança pode apresentar chiado no peito, inchaço na língua e na garganta, palidez e queda súbita na pressão arterial.

“A diferença é que na intolerância o bebê tem dificuldade de ingerir o alimento, retrata apenas sintomas intestinais como gazes e diarréia”, contou.

Orientações anteriores recomendavam evitar alimentos potencialmente alergênicos até 12-36 meses de idade em bebês de alto risco. Como consequência, algumas mulheres evitavam ingerir certos alimentos durante a gravidez e a amamentação para tentar impedir o desenvolvimento de alergias em seus bebês. No entanto, as diretrizes atuais não suportam dietas de eliminação.

“Para inserir um novo alimento na dieta dos bebês, os pais devem ficar atentos à alimentação apropriada para a idade, começar com grãos e legumes e frutas amarelos e laranjas”, contou.

O melhor é conversar com o pediatra e tirar todas as dúvidas, tentando manter, ainda assim, o aleitamento materno exclusivo iniciando essas medidas apenas quando da introdução alimentar.