Entretenimento

Pediatra explica as vantagens de ser mãe após os 40

A especialista explica que para que a criança cresça de forma saudável é preciso tomar os devidos cuidados para a gestação após os 40

Está ficando cada vez mais comum as mulheres planejarem sua gravidez a partir dos 40 anos. Período em que está mais segura emocionalmente e financeiramente. Segundo a pediatra e neonatologista Ana Carolina Brito, há várias razões para isso, mas o maior motivo é a busca pela realização profissional. O desejo de realizar-se profissionalmente antes do primeiro filho é uma forma de assegurar que a criança chegue em um momento adequado para a maternidade.

“A mulher está mais madura e tem outra visão do que é ser mãe. Além disso, a gravidez aos 40 pode ser mais desejada quando os problemas financeiros, por exemplo, já foram resolvidos”, explica.

A especialista explica que para que a criança cresça de forma saudável é preciso tomar os devidos cuidados para a gestação após os 40. O avanço da medicina desenvolveu técnicas de fertilização, que auxilia nessa decisão de postergar a maternidade, capazes de ajudar a gravidez. “A medicina está aí para auxiliar a mulher que naturalmente nasce com um planejamento biológico predeterminado, com um número finito de óvulos que se esgotarão com a idade. A partir dos 35 anos existe a diminuição acentuada dos óvulos e, por esse motivo, a gravidez é mais difícil aos 40 anos”, contou.

De acordo com a pediatra, ao planejar uma gravidez, a mulher deve fazer uma série de mudanças em seu estilo de vida. Depois dos 40 anos, a mulher que pretende engravidar precisa de inúmeros cuidados com a saúde porque passa a ter propensão a alguns problemas, como diabete, hipertensão e alterações cardiovasculares.

Uma medida importante é a suplementação de nutrientes que estejam em falta no organismo da futura mamãe. Nesse caso, o principal é o ácido fólico, vitamina do complexo B que participa, já nas primeiras semanas de gravidez, da formação do tubo neural do feto.

“Esses cuidados devem ser tomados em todas as idades, principalmente partir dos 35 anos, porque há maior incidência de síndrome de Down e abortamentos. Isso inclui abandonar certos hábitos como fumar, ingerir bebidas alcoólicas e comer alimentos industrializados, gordurosos e cheios de açúcar, e adotar outros, a exemplo de uma alimentação balanceada, rica em frutas, verduras, cereais e carnes magras e a prática de atividade física. Tudo isso deve ser feito sob a orientação de um médico. O pré-natal e realização de exames são muito benéficos para o bebê”, ressaltou.

Tendo em vista as complicações que a gestação de uma mãe com idade mais avançada pode ter, o acompanhamento durante o pré-natal deve ser muito mais intenso. Após o nascimento do bebê, o aleitamento materno é fundamental para a criança. Ele protege o bebê contra infecções, diarréia e obesidade.