O grupo Locômbia Teatro de Andanças será a representante de Roraima no 1º Festival Matias de Teatro de Rua organizado pela companhia Visse & Versa de Rio Branco, no Acre. Participam do festival grupos de diversos Estados do País, ocupando espaços públicos da cidade de Rio Branco e municípios do Estado do Acre.
Em seguida, o grupo fica em Rio Branco para dar início ao projeto Teatro e Andanças na Faixa de Fronteira, que foi contemplado com o Prêmio Circulação Funarte de Teatro Miriam Muniz 2014.
Durante a turnê, será apresentada a peça ‘Mar Acá’, direcionada para o público geral e inspirada na mitologia indiana e latino-americana, que tratam da miscigenação, além de uma oficina de Teatro Gestual. O espetáculo faz parte do repertório do grupo. Montada pela primeira vez no ano 1991, tem se apresentado em 15 países da Europa, América e África. Durante o projeto, as apresentações serão realizadas em lugares inéditos.
De acordo com Beatriz Brooks, o grupo ainda passará pelo Amazonas, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. “As apresentações se realizarão em espaços culturais, pontos de cultura, comunidades indígenas, escolas públicas, universidades e teatros. As atividades serão acompanhadas com exposição data-shop de fotos e Rodas de Conversa. Ao final do projeto, iremos criar um catálogo e calendário documentando com material fotográfico e depoimentos acerca do projeto”, relatou.
Segundo ela, a proposta é a disseminação da arte teatral e consolidar um circuito de intercâmbio cultural na Região Norte. “Depois de cada apresentação, será instaurado um momento para reflexões em Roda de Conversa, propiciando uma oportunidade para partilhar experiências e conhecer as realidades da faixa de fronteira amazônica”, completou.
Lôcombia
O grupo teve início em 1984, na Colômbia, no meio do auge do movimento de teatro de dramaturgia coletiva e o Teatro de Rua. Desde o ano 2001, o grupo Locômbia Teatro de Andanças reside no Brasil. A partir do ano 2007, o grupo Locômbia realiza um trabalho permanente no Estado de Roraima. O grupo é formado por Orlando Moreno, Beatriz Brooks e Shanti Ram.
As montagens são criadas em uma linguagem não verbal, porém musicada e com dramaturgia própria. “As histórias são inspiradas em situações da vida cotidiana, na literatura, nas tradições da cultura popular e também na linguagem clássica das danças da Índia”, explica Moreno.