Com o calor e a umidade intensa na nossa capital, quem pode sofrer bastante são os animais de estimação, principalmente aqueles que tem orelhas longas e peludas. As otites, ou infecções de ouvido são capazes de causar coceira, dor e até mesmo surdez nos animais.
De acordo com a médica veterinária Ticiana Librelotto, a otite é uma doença inflamatória ou infecciosa que pode ocorrer em virtude de diversos fatores como alergias, calor e umidade, problemas dermatológicos e entrada de objetos inadequados no ouvido.
A doença é comum em animais e para isso, os tutores devem ficar atentos. “Um dos primeiros sinais que os humanos podem perceber a otite é pelo mau cheiro que geralmente exala. Além disso, o comportamento do animal. O pet vai começar a coçar e balançar a cabeça, dar sinais de dor, com o avanço clínico da doença, ele pode começar a lateralizar a cabecinha, ter sinais de tontura ou vômito, secreção” ressalta.
Assim como uma dor de ouvido em humanos, os animais também podem sofrer com a mesma sensação. “Com a infecção, o animal pode ter uma perfuração de tímpano, então é bem sério, e nesse caso irá precisar de um tratamento mais avançado do que apenas a medicação”, explica.
Como fazer a limpeza nas orelhas dos pets?
Um dos cuidados recomendados é não limpar com o cotonete para não levar a sujeira para dentro do ouvido do pet. Durante o banho, também é preciso ficar atento e proteger para que não entre água no ouvido dos bichos.
“A limpeza precisa ser bem básica, com um algodão do lado de fora, uma vez por semana, e com isso, com essa frequencia do cuidado é possível ter um acompanhamento das orelhas e ouvidos dos cães e gatos. Prestar atenção a qualquer sinal de irritação e procurar um veterinária para identificar qualquer dor de ouvido “, explica.
Raças peludas e com as orelhas mais compridas
“Aqui em Boa Vista, com o calor e a umidade, é possível observar mais infecções de ouvidos do que outras regiões. Raças como a Shih Tzu, cocker, Lhasa Apso, e os gatinhos persas demandam uma atenção maior, e com isso o tutor precisa evitar que não tenha piora de um quadro de otite, a prevenção é sempre melhor que o reparo” reforça.
Por Raísa Carvalho