DIA DA FOTOGRAFIA

"Sempre prezo pela espontaneidade e nunca deixo de me encantar" afirma fotógrafa da cena rap de Roraima

No dia da fotografia, a FolhaBV traz o olhar único de fotógrafos roraimenses. Mih Ladislau retrata a cena rap local com paixão e admiração.

"Desde mais nova sempre tive uma certa mania em estar registrando lugares, coisas e pessoas", aponta fotógrafa. Foto: Mih Ladislau
"Desde mais nova sempre tive uma certa mania em estar registrando lugares, coisas e pessoas", aponta fotógrafa. Foto: Mih Ladislau

No dia 19 de agosto, comemora-se o Dia da Fotografia, uma data que remete à invenção do daguerreótipo, uma das primeiras formas de fotografia, apresentado ao mundo em 1839. A partir de então, o ato de capturar momentos por meio de imagens tornou-se uma forma de arte que reflete não apenas a realidade, mas também a visão única de cada fotógrafo. Por trás de cada clique, existe um olhar distinto, uma proposta e uma intenção individualizada. A fotografia é mais do que um registro: é uma expressão artística do modo como cada profissional vê o mundo.

Milena Ladislau, mais conhecida como Mih, com 26 anos, é um exemplo desse olhar único. Fotógrafa da vibrante cena rap de Boa Vista, Roraima, ela traduz em suas imagens a pulsação e energia desse universo musical. Sua paixão tomou um rumo profissional em 2019, quando adquiriu sua primeira câmera e, logo após, mergulhou nas batalhas de rap. O retorno financeiro veio somente em 2021, mas a paixão já estava acesa.

“Desde mais nova sempre tive uma certa mania em estar registrando lugares, coisas e pessoas em movimento, mas fui ter mais noção teóricas na faculdade de design gráfico que é minha profissão primária mas até então nunca tinha tido uma câmera fotográfica”, revela.

A trajetória de Milena destaca a paixão como impulsionadora. “Digo que nasci pra fazer isso”, afirma. Sua experiência em design gráfico lhe proporcionou um olhar diferenciado para a fotografia. No entanto, foi na cena do rap que ela realmente encontrou sua voz visual.

“Fui entender qual era meu estilo de foto depois que conheci as batalhas de Rap”.

Mih Ladislau

“Sempre prezo na espontaneidade do momento, e eu vendo a interpretação e performance dos meninos desde as batalhas até hoje em cima do palco eu fico encantada, por que não é só cantar, no show tem toda a movimentação desde os artistas até a reação do público com eles, e nas minhas fotos eu consigo transmitir toda a linguagem da arte que é a música, e além da foto em si a edição também ajuda bastante em passar a sensação que quero que as pessoas sintam, ela conhecendo a cena ou não”.

Essa conexão com os artistas vai além do profissional. Milena vê muitos deles como irmãos. “Muitos dos meninos da cena do Rap, Trap, Funk c/ Trap e afins são meus irmãos, crescemos juntos na parte profissional, estou com eles a anos e eu acreditando na proposta deles e que uma hora vão estourar, estarei com eles até os objetivos serem alcançadas, que eu sei que vai”.

Assim, no Dia da Fotografia, a história de Mih nos lembra da beleza e da profundidade que existe por trás de cada imagem capturada e de como essa arte pode criar laços tão fortes e genuínos.