Reconhecido como um dos grandes artistas da sua geração, o ator Marlon Brando ganhará um filme sobre a sua história. O longa se chama “Waltzing with Brando” (na tradução literal ‘Valsando com Brando’).
A trama mostra um pouco da vida do astro durante o início dos anos 1970, quando ele recrutou um arquiteto de Los Angeles para construir um retiro ecológico em uma pequena ilha inabitada no Taiti. Além de ser reconhecido por sua atuação dedicada, o ator também era lembrado por ser um ativista pelos direitos humanos, direitos dos povos indígenas e do meio ambiente.
O elenco é composto por Billy Zane (Marlon Brando), Jon Heder (Bernard Judge), Richard Dreyfuss (Seymour Kraft), Tia Carrere (Madame Leroy) e Rob Corddry (Jack Bellin). filme é dirigido e escrito por Bill Fishman, com auxílio de Bernard Judge. O filme que já está em fase de pós-produção ainda não tem uma data prevista de estreia.
Conheça a história de Marlon Brando
. Desde criança demonstrou talento para arte, sendo capaz de imitar pessoas e maneirismos muito bem. Sua irmã mais velha estudou teatro e, anos mais tarde, ele decidiu seguir seus passos e conseguiu uma vaga em uma escola profissional de teatro aos 18 anos na cidade de Nova Iorque.
Uma das técnicas que aprendeu na época era a de Stanislavski, que defende realizar um personagem completamente e com bastante realismo. Sua atuação utilizava bastante desse tipo de abordagem, da forma mais natural possível. Por exemplo, para viver o personagem de um veterano que sofreu um acidente na guerra, ele passou um mês no Hospital do Exército.
Nos anos 1950, o ator conseguiu pouco destaque em peças de teatro e pequenos filmes. Mas foi em 1951, em “Uma Rua Chamada Pecado”, onde ele logo ascendeu para a fama e se tornou um grande nome em Hollywood, sendo considerado um novo galã. Outros filmes da época são “O Selvagem”, que inspirou uma geração de rebeldes.
Em 1954 o ator levou o Oscar por “Sindicato de Ladrões”, que fala sobre a luta contra a corrupção. Em 1957 ele foi indicado novamente por “Sayonara”. Nos anos 1960 e início dos anos 1970, o ator passava por um período de desilusão com a carreira e suas produções eram ligadas apenas ao retorno financeiro, com poucos filmes bem recebidos pela crítica.
O poderoso chefão
Foi interpretado Vito Corleone em “O Poderoso Chefão”, uma história sobre uma família italiana envolvida no crime organizado, que Marlon voltou a ser aclamado novamente. O filme é considerado um dos melhores do cinema e sua atuação, como uma das melhores da história. O ator inclusive ganhou o Oscar por sua atuação, mas se recusou a recebê-lo e, em seu lugar, enviou ao palco Shasheen Littlefeather, uma representante indígena, para defender os direitos das comunidades perante a indústria cinematográfica.
Outro filme de destaque da época foi “Último Tango em Paris”, mas a produção ficou marcada pelo seu conteúdo sexual e denúncias da atriz protagonista, de abuso por parte do diretor. Marlon participou ainda de “Apocalypse Now” e logo depois anunciou sua aposentadoria da atuação, fazendo pequenas participações nos anos 1990. Em 2004, o artista faleceu aos 80 anos vítima de insuficiência respiratória. Ele teve 11 filhos.
