Qual é o roraimense que não conhece o sabor do Guaraná do Marivaldo? Com a receita que leva xarope de guaraná, frutas, leite condensado, amendoin e castanhas, a famosa iguaria é apreciada pelos frequentadores do Complexo Ayrton Senna desde 1998.
É o próprio Marivaldo Batista de 48 que faz todas as receitas e escolhe a mão cada ingrediente. O segredo está na hora de escolher as frutas. Marivaldo nasceu em Aracati, Ceará e mora em Roraima em 1989 e aprendeu a receita do guaraná que mudaria sua vida em 1993.
“Outras pessoas já faziam a receita, mas nós começamos a inovar, teve um boom da procura pela acerola devido a sua vitamina C, depois o açaí, começamos a oferecer o que o mercado tinha e os clientes foram abraçando. Hoje nós trabalhamos com o morango, com o cacau, que eram frutas mais difíceis de serem encontradas. Todo o nosso cardápio é feito com as sugestões dos nossos clientes que são os nossos verdadeiros parceiros” contou.
O Guaraná como é conhecido, é muito consumido na região norte e aos poucos foi ganhando adeptos também no resto do país. O frutinho típico da Amazônia tem tanta catequina quanto o chá verde, um reduto clássico dessa substância famosa pela sua ação antioxidante.
Hoje é fácil encontrar a bebida em lanches na capital para acompanhar com sanduiches ou salgados (Foto: Raisa Carvalho/FolhaBV)
“O guaraná que temos é do Amazonas, na região do Maués, em outros lugares ele é plantado, mas na Amazônia temos o clima perfeito para a fruta” contou.
Outro segredo do empreendedor é ter um bom atendimento ao público. Todo o empreendimento é administrado pela família, que trabalham como garçons, caixa e atendimento. Além de Marivaldo, a esposa Nara e os filhos Melina e João Leonardo batem ponto no quiosque que funciona de segunda a sexta a partir das 15h.
“Nós conhecemos os nossos clientes há muitos anos, já sabemos qual é o seu gosto. Temos um local familiar, onde as pessoas sabem que chegarão para encontrar os amigos e tomar um bom lanche. O nosso maior movimento é no fim de tarde durante a semana” disse.
Durante o decreto que fechou os estabelecimentos comerciais, o espaço funcionou apenas para a pronta entrega. “As pessoas compreenderam e o nosso movimento não diminuiu. Ninguém ficou sem tomar o seu sagrado guaraná” contou.