A prisão de um motoboy pela Brigada Militar, a Polícia Militar do Rio Grande do Sul (RS), se tornou um dos assuntos mais comentados nas redes sociais neste fim de semana e causou revolta.
Éverton Guandeli da Silva, 40 anos foi atingido levemente pela faca empunhada por um homem. Vítima do ataque, o motoboy acionou a equipe militar, mas acabou preso.
O caso aconteceu nesse sábado (17) em Porto Alegre. O governador do RS, Eduardo Leite (PSDB) disse no X (ex- Twitter) que determinou a abertura de sindicância à Corregedoria da Brigada Militar.
Conforme o texto do governador, a sindicância vai ouvir “imediatamente testemunhas e apurar as circunstâncias da ocorrência, com a mais absoluta celeridade”.
“Renovo minha absoluta confiança na Brigada Militar e nos homens e mulheres que compõem nossas forças de segurança. Inclusive, em respeito aos dedicados profissionais que as integram, é que a apuração da conduta será célere e rigorosa”, disse Leite na publicação.
Segundo o site local, GaúchaZH, o caso iniciou porque o homem teria se incomodado com a presença de motoboys em frente ao prédio que ele mora.
Testemunhas detiveram o suspeito de agressão após protestarem e apontarem suposto racismo na atuação da equipe que prendeu Éverton. O motoboy e o homem foram liberados na delegacia em seguida.
Em vídeo gravado por Éverton pouco após ser liberado, ele explica sua versão e diz que não foi uma agressão “normal”, mas uma tentativa de homicídio.
“Fui para a delegacia e o cidadão se encontra na rua tranquilo. Só que no caso, foi uma tentativa de homicídio. Não foi uma agressão normal, foi uma tentativa. Isso daí eu acho que é errado. Se a lei é para todos, então, né? Assim não foi”, diz o motoboy no vídeo.