QUADRILHAS JUNINAS

Terceira noite do Boa Vista Junina tem meio ambiente, inclusão, fé e o último ‘sim’

Quarta noite, nesta terça-feira, na Arena Junina, terá mais cinco apresentações dos grupos Emergente, Acesso e Especial

Furacão Caipira, do Grupo Especial, se apresentou com o tema "Fé e Devoção, és a Padroeira da Nação" (Foto: Welika Matos/Semuc)
Furacão Caipira, do Grupo Especial, se apresentou com o tema "Fé e Devoção, és a Padroeira da Nação" (Foto: Welika Matos/Semuc)

A terceira noite do Boa Vista Junina, nessa segunda-feira (3), fez o público vibrar e se emocionar com as apresentações das quadrilhas no tablado da Arena Junina. Temas voltados à preservação do meio ambiente, inclusão social, superação, fé e o amor pelo São João mostraram a beleza e o talento de grandes espetáculos da 24ª edição.

A primeira quadrilha a se apresentar foi a Sanfona Junina (Grupo Emergente), que contou com a participação de 20 casais. Ela levou para o tablado o tema “Água Fonte da Vida”, onde fez o público refletir sobre a escassez da água causada pelo fenômeno El Niño, como também os impactos do desmatamento e as queimadas na Amazônia.

Sanfona Junina, do Grupo Emergente, levou para o tablado o tema “Água Fonte da Vida” (Foto: Welika Matos/Semuc)

O casal de noivos Jovenir e Tatiane entrou vestido de ribeirinhos e depois se preparou para o grande casamento, com direito a bolo para os convidados. Mas a principal mensagem que o grupo fez para o público foi pela preservação dos rios, a mata e a natureza, para assim, garantir um futuro melhor as próximas gerações.

A segunda a subir no tablado foi a Evolução Junina (Grupo de Acesso), com 24 casais vestidos com diversas cores, abordando o tema “Inclusão social, diferença não é defeito”. A proposta foi conscientizar o público sobre o preconceito às diferenças, contando histórias de mães do movimento junino que tem filhos cadeirantes, autistas e LGBTs. O espetáculo contou com uma intérprete de libras, um padre cadeirante, além da rainha da diversidade. E foi assim que o grupo de quadrilheiros mostrou ao público que o arraial é feito para todos e que ser diferente não é defeito.

Evolução Junina, do Grupo de Acesso, levou o tema “Inclusão social, diferença não é defeito” (Foto: Giovani Oliveira/Semuc)

A quadrilha Matuta Encantá (Grupo de Acesso) foi a terceira a se apresentar no Boa Vista Junina. O grupo com 16 casais foi com o tema “De um sonho a despedida, nunca um ponto final”. O espetáculo contou a história Renatinha Barbosa, fundadora, animadora e compositora da quadrilha, uma mulher trans que, prestes a desistir do seu sonho, encontrou forças na cultura junina para continuar transformando vidas, espalhando a alegria de São João.

Matuta Encantá, do Grupo de Acesso, se apresentou com o tema “De um sonho a despedida, nunca um ponto final” (Foto: Welika Matos/Semuc)

A Furacão Caipira (Grupo Especial) foi a quarta quadrilha a se apresentar, com o tema “Fé e Devoção, és a Padroeira da Nação”. O grupo composto por 28 casais buscou retratar o milagre da aparição de Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil. Os quadrilheiros mostraram a grandeza da fé, independentemente de qualquer religião.

A última quadrilha da noite a subir no tablado foi a Eita Junino (Grupo Especial), que este ano abordou o tema “A Despedida: Festa, Adeus e Recomeço”. O espetáculo contou com 49 casais que dançaram e encantaram o público com a história do casal de noivos apaixonados pelo São João, Larissa Thuany e Miguel Oliveira. Eles estão há uma década na quadrilha e decidiram que este ano será o último “sim”, no tablado do Boa Vista Junina, onde fizeram uma grande despedida ao público, mas já apresentando o novo casal que fará o recomeço da quadrilha para o ano que vem.

Eita Junino, do Grupo Especial, abordou o tema “A Despedida: Festa, Adeus e Recomeço” (Foto: Welika Matos/Semuc)

O casal Jéssica Reis, 19, e Dárlio Ronan, 20, acompanhou da arquibancada as apresentações das quadrilhas e parabenizou cada espetáculo. “Fizemos questão de assistir os grupos de quadrilha no Boa Vista Junina e percebi que além das danças, eles também nos fazem refletir com temas que falam sobre a preservação do meio ambiente, assim como a questão da inclusão social. Ficamos atentos do começo ao fim”, disse Jéssica.

Confira a programação desta terça-feira na Arena Junina

  • 20h – Luar do Sertão (Grupo Emergente)
  • 21h – Joaninha Caipira (Grupo de Acesso)
  • 22h – Espantalho Junino (Grupo de Acesso)
  • 23h – Xamego na Roça (Grupo Especial)
  • 0h – Coração Caipira (Grupo Especial)