O titular da Pasta de Portos e Aeroportos, ministro Márcio França, confirmou que o lançamento do projeto “Voa Brasil” ocorrerá ainda em agosto. O programa visa tornar mais acessíveis as passagens aéreas, com preço fixo de R$ 200 por segmento. Ele indicou que o projeto, em sua fase inicial, dará prioridade a aposentados e pensionistas.
“Voa Brasil está marcado para iniciar no final de agosto”, mencionou França em um evento na 17ª Navalshore, no Rio de Janeiro. A iniciativa tem como meta aproveitar as passagens não vendidas pelas companhias aéreas, principalmente em períodos fora da alta estação.
Os contemplados utilizarão um aplicativo para adquirir até duas viagens anuais, com a possibilidade de um acompanhante. “Se [a pessoa] não voou nos últimos 12 meses, ela vai ter direito àquelas quatro passagens. Como é muita gente, vamos começar gradualmente. O primeiro corte seria os aposentados e pensionistas, que já daria um bom número de pessoas. Vamos testar como vai acontecer isso”, explicou França.
O Ministro França observou que o “Voa Brasil” funcionará em parceria com o Ministério do Turismo, por solicitação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, almejando descontos hoteleiros durante a baixa estação. Ele também anunciou a intenção de adequar os aeroportos a um maior tráfego de viajantes, com uma estimativa inicial de 50 mil bilhetes mensais a R$ 200.
Em relação à 123Milhas, França comentou a recente interrupção de emissões da empresa: “Estamos conversando com Flávio Dino [Ministro da Justiça e Segurança Pública] e com o Ministério do Turismo para pensar em uma solução”. “Acho que proibir não é o caso, mas é o caso de ter alguma regulamentação. Essa é uma atividade de muita responsabilidade. As pessoas mexem o sonho dos outros.”
A 123Milhas esclareceu que reembolsará os clientes via vouchers. A Senacon solicitou mais informações à empresa e ressaltou que o método de reembolso não deve ser prejudicial ao cliente.
No evento, França enfatizou a importância das hidrovias: “Embora se tenha 17, 18 mil km de hidrovia hoje no país, podíamos ter 45 mil km com facilidade se tivéssemos mais recursos e mais conhecimento e é essa tarefa que estamos fazendo”. Ele as chamou de “rodovias do futuro”, dando destaque especial ao Norte do país.
