A ministra da Saúde, Nísia Trindade, disse neste sábado (21), em Boa Vista, que a resolução dos “graves problemas de saúde” da população indígena yanomami tem a ver com o combate ao garimpo ilegal.
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Trindade anunciou que, a partir de segunda-feira (23), Roraima receberá o reforço de mais profissionais da área de Saúde, como médicos e enfermeiros do SUS (Sistema Único de Saúde), para auxiliar na assistência sanitária aos indígenas. “Mas sabemos que temos que melhorar a saúde onde as populações, os povos indígenas moram nas suas comunidades”, disse.
A ministra lembrou das medidas para enfrentar a problemática de mortes de indígenas por doenças evitáveis e o quadro de desnutrição. Nessa sexta-feira (20), o governo federal declarou emergência na Terra Indígena Yanomami e criou um comitê de coordenação nacional com duração de 90 dias, prazo que pode ser prorrogado, para agir nas soluções.
“Essa situação é uma emergência sanitária e de importância nacional semelhante a uma epidemia. Isso significa que nós, com isso, tenhamos mais condições de agir rapidamente frente a situação que a missão da força nacional com SUS, Funai [Fundação Nacional dos Povos Indígenas] e vários entes estão aqui pra fazer primeiro o diagnóstico da situação, já tomando medidas”, destacou, prometendo melhorar a Casai (Casa de Apoio à Saúde Indígena).
“Recebemos essa herança, estamos há 20 dias no governo, mas já vimos que isso teria que ser uma emergência. É o que estamos considerando. Vamos fazer um plano de trabalho conjunto com os ministérios, estamos agindo”, completou.