A Operação de retirada dos garimpeiros da Terra Indígena Yanomami já resultou em R$ 138 milhões bloqueados nos quatro meses de atividades, de acordo com a ministra dos Povos Indígenas Sônia Guajajara. A informação foi dada em audiência pública da Comissão de Direitos Humanos desta quarta-feira (10) no Senado Federal.
A ministra apresentou os planos e ações do Ministério dos Povos Indígenas no contexto brasileiro. Em uma rápido demonstrativo de resultados sobre o auxílio ao povo Yanomami em Roraima, falou sobre o Comitê de Coordenação Nacional para enfrentamento à crise sanitária vivida pelos indígenas e narrou dados da operação de desintrusão do garimpo ilegal na Terra Indígena.
Conforme Guajajara, além do dinheiro bloqueado, de janeiro a abril, já foram realizadas 43 prisões, 40 mandados de busca e apreensão, 70 balsas, 18 aviões, dois helicópteros, 12 embarcações, 169 motores e 2 portos de apoio logístico foram inutilizados. Foram apreendidos ainda 33 geradores de energia e mais de 13 toneladas de cassiterita, como também 327 acampamentos foram desmobilizados.
“É importante ressaltar que há muito por fazer para eliminar definitivamente o garimpo ilegal da Terra Indígena Yanomami. O Ministério dos Povos Indígenas segue empenhado no acompanhamento, monitoramento e articulações com outros órgãos e ministérios para trazer de volta a dignidade dos povo Yanomami. No entanto, estamos cientes de que, para a efetivação desse nosso desejo, precisaremos do envolvimento do conjuntos de entes federativos, União, Estado e Município, numa perspectiva de corresponsabilidade”, reforçou a ministra.
Os dados informados por Guajajara condizem com as recentes divulgações da Polícia Federal (PF) e do Ibama, que reforça a operação após ataques entre garimpeiros, indígenas e forças policiais ocorridos no início de maio.
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