Vicinais sem pavimentação e ruas e avenidas totalmente alagadas. Esta é a realidade dos moradores de Caroebe, município localizado na região Sul de Roraima, que procuraram a FolhaBV para denunciar o “descaso do Poder Público”.
Conforme a denúncia, as vicinais 9, 10, 12, 15 e 16, estão em péssimas condições de tráfego. “Nós queremos denunciar o descaso com que estamos sendo tratados pelas autoridades do estado e município. Queremos saber quando vão começar os serviços de pavimentação nas vicinais, elas já estão licitadas, mas até agora não apareceram as firmas que vão fazer a obra”, disse um morador.
Segundo ele, a situação se alastra por muitos anos e muitos afirmam que a obra será feita, mas até o momento somente promessas. “A população não aguenta mais tamanho descaso do Poder Público. Queremos saber se vão esperar o inverno chegar para começar. Estamos prontos para fiscalizar. A vicinal 10 continua com a placa indicando que o serviço já foi feito, mas na verdade nem começou”.
Equivocada
Sobre a placa citada pelo morador, ela foi colocada no Projeto de Assentamento Jatapu, de responsabilidade do Instituto de Colonização e Reforma Agrária de Roraima (Incra). A placa diz que a obra teve início em janeiro e a conclusão em julho de 2021. “O problema é que a obra sequer começou e muito menos tem previsão de terminar”, citou o denunciante.
À época, o Incra informou que o contrato para a obra em questão está em vigência até janeiro de 2022 e que a confecção e instalação da placa da obra é de responsabilidade da empresa contratada e, diante da informação equivocada verificada na imagem, o órgão vai notificar a empresa para que seja feita a correção do prazo de vigência do contrato.
“O Incra esclarece ainda que fiscaliza cada etapa da execução do serviço e que a empresa comunicou que iniciaria as obras somente após o período das chuvas, para não comprometer a qualidade da terraplenagem”, informou a nota enviada à redação no início de setembro. Somente as vicinal 9 é de responsabilidade da Secretaria de Estado de Infraestrutura (Seinf), as demais são do Incra.
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Ainda no Caroebe, os moradores da sede reclamam dos alagamentos em ruas e avenidas da cidade. “Nós estamos nesta situação desde o último prefeito, uma vez que não foram concluídas as obras de pavimentação das ruas e avenidas. Foi feita manutenção da BR-210, no sentindo Jatapu, por onde escoam as águas dos rios, mas entupiram todos os bueiros e o problema piorou na sede”, relatou.
Vídeos e fotos feitos pelos moradores foram enviados à redação e mostram as vias totalmente alagadas. Uma moradora informou que além das ruas, muitas casas e instituições públicas ficam inundadas. Em uma das imagens é possível ver uma ponte do município afundada em mais de meio metro e a água passando por cima.
“A rua que fica em frente ao posto de saúde fica intransitável e muitas famílias perdem móveis e eletrodomésticos, porque a água invade as casas e causa diversos transtornos aos moradores. Pedimos providências urgentes, antes que chegue o inverno, pois a previsão é que o problema piore, pois se no verão está assim somente com uma chuva, imagina no período chuvoso”, contou a mulher.
Citados
Incra – O órgão informa que uma equipe de servidores do Setor de Engenharia iniciou hoje uma fiscalização na execução da obra de recuperação da vicinal 15, no município de Caroebe, para identificar o andamento da obra e adotar as medidas que se fizerem necessárias. As vicinais 12 e 16 não foram contempladas no contrato em vigência e que a manutenção da malha viária do Estado também está sob responsabilidade dos municípios e do Governo do Estado. A recuperação da vicinal 10 está sob análise para atendimento.
Prefeitura de Caroebe – A equipe entrou em contato com a Prefeitura de Caroebe, mas nenhuma resposta fora enviada à redação.
Governo – A Secretaria de Infraestrutura informou que a manutenção das vicinais é de competência das prefeituras municipais. No entanto, das vicinais citadas, apenas a 9 está sob a responsabilidade do Governo do Estado e já tem projeto de recuperação que será executado em breve. “Para as demais vicinais, foi alocado recurso pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, que fará a devida manutenção”.
