Uma paciente de 43 anos sofreu um AVC (Acidente Vascular Cerebral) hemorrágico e está na UTI (Unidade Terapia Intensiva) do Hospital Geral de Roraima (HGR) aguardando há um mês pela realização de uma traqueostomia.
Segundo relato de familiares, o atendimento está lento e os médicos não estariam indo avaliar a situação da paciente.
“Passou muito tempo para um médico ir avaliar o grau dela. Aí agora ela teve um sangramento e já faz dois dias que o exame foi feito e nunca apareceu um neurologista para avaliar. Fora que eles estão enrolando para fazer essa cirurgia. Eles falam todo dia uma coisa diferente, que ela está numa lista, que não tem material e não dão notícia quando vão [ver a paciente]”, disseram.
A família alega que os médicos pedem que eles procurem forma de agilizar o processo da cirurgia indo cobrar da direção do HGR.
“Eles [os médicos] só mandam eu ir correr atrás para agilizar. Que agilize para que seja feita logo, porque os médicos dizem que não é deles. Eles fizeram um documento para direção, para a direção autorizar ser feita a cirurgia. Porém, que eu tenho que ficar dando pressão para ver se isso [a cirurgia] acontece”, completaram o relato.
De acordo com eles, a paciente teve uma sequência de problemas após o AVC, como doença pulmonar, pegou uma bactéria e até o coronavírus.
A CIRURGIA – A traqueostomia é em um procedimento cirúrgico onde ocorre a abertura da parede anterior da traqueia, fazendo uma comunicação da mesma com o meio externo. O principal objetivo é servir como uma alternativa para que o paciente faça o ciclo respiratório com ajuda de outro meio.
Essa cirurgia tem sido muito utilizada para tratamento de casos graves de coronavírus. São os casos de intubação orotraqueal ou de ventilação mecânica.
OUTRO LADO – A reportagem da FolhaBV entrou em contato com a Sesau sobre o assunto e foi informada que a paciente passará por procedimento cirúrgico.
Confira a nota na íntegra:
A Secretaria de Saúde informa que a paciente Girlane de Maria Monteiro será operada nos próximos 15 dias. Ela está sendo assistida e recebendo a assistência médica que o caso requer, passando por avaliação médica contínua.
Por Adriele Lima – estagiária FolhaBV
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