José Roberto Peres agora é ex-superintendente da Polícia Federal de Roraima. Edição extra do Diário Oficial da União divulgou que o ministro da Casa Civil, Rui Costa, trocou o comando da corporação em 18 estados, nomeando o delegado para assumir a superintendência da PF no Pará.
Peres liderava a corporação no Estado desde o dia 20 de março de 2021, quando foi empossado para o cargo, em cerimônia que contou com o então ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres. Ainda não foi publicado o nome do novo superintendente regional.
Segundo a coluna Parabólica, Peres dará a vez ao delegado Ronaldo Campos, o mesmo que conduziu as investigações do caso da facada no então presidenciável Jair Bolsonaro, em Juiz de Fora (MG), nas eleições de 2018, e foi duramente criticado pelo agora ex-presidente.
Campos, conforme apurou a coluna, é considerado um bom nome, sem aspirações de projeção midiática. Isso porque nos bastidores falava-se da possibilidade do retorno do ex-superintendente Alexandre Saraiva, que teria ligações com a ministra Marina Silva, com a missão de “dar cabo” ao garimpo ilegal em terras indígenas, o que se conduzido de forma política e não técnica pode causar instabilidade local.
José Roberto Peres
Foi sob a gestão de José Roberto que a PF-RR realizou operações contra corrupção, tráfico de drogas, crime organizado e, principalmente, o garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami.
José Roberto Peres é formado em Tecnologia da Computação pelo ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica), em Direito pela Uniube (Universidade de Uberaba), possui MBA em Direito Empresarial pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) e cursa Mestrado em Ciência da Informação na UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina).
Ele trabalha na PF desde 2003, quando assumiu o cargo de agente. Seu primeiro cargo de chefia foi em 2009, na delegacia de Cruzeiro do Sul, no Acre. No mesmo Estado, chefiou as delegacias de Defesa Institucional da PF e foi delegado regional executivo da corporação.
Depois, ele chefiou a delegacia da PF de Ponta Grossa (PR) e a divisão nacional de Direitos Humanos da corporação, além de ter sido coordenador-geral de repressão aos crimes contra os direitos humanos e cidadania. Antes de entrar na PF, Peres trabalhou na iniciativa privada, na área de desenvolvimento de sistemas de informação, entre 1984 a 2003.
*Por Lucas Luckezie