A Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed) divulgou em nota um alerta sobre o risco de de desabastecimento dos testes de covid-19, devido à alta demanda.
O aparecimento da ômicron e o surto de influenza resultaram em uma intensa procura pelos testes para detectar os vírus. Além da Abramed, o Sindicato dos Laboratórios de Pesquisas e Análises Clínicas do Distrito Federal (Sindilab-DF) também comunicou que os estoques de testes estão em situação preocupante e são um problema de cadeia nacional.
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Ministério da Saúde solicita da Anvisa a aprovação do autoteste
Médico afirma que autoteste de Covid deve ser considerado complementar
Resultado confiável somente com exames laboratoriais, afirma especialista
O Brasil utiliza 2 tipos de testes para detectar o vírus: o RT-PCR e o antígeno, conhecido como “teste rápido”. O Ministério da Saúde pediu à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a liberação de mais um tipo de exame: o autoteste.
Segundo o ministério, o autoteste pode ser uma “estratégia adicional” no momento. A reportagem procurou a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) para explicar as diferenças entre os 3 testes:
RT-PCR
O PCR é considerado o “padrão ouro” na detecção do vírus., além de ser recomendado pela OMS (Organização Mundial da Saúde).
O teste busca “encontrar” material genético do vírus, o RNA. Para ser realizado, requer o envio a laboratórios especializados, para o processamento da amostra e identificação do vírus.
A recomendação dos laboratórios é o PCR seja feito entre o 3º e 7º dia depois do aparecimento dos sintomas. Sua coleta é feita com amostra de nasofaringe.
O resultado, que depende de equipamentos sofisticados, pode levar algumas horas ou até mesmo mais de um dia para ficar pronto.
ANTÍGENO
O antígeno apresenta sensibilidade menor do que a do RT-PCR. mas ainda é considerada alta, “com potencial de 95%”, de acordo com a Fiocruz.
Apesar de a coleta ser conduzida da mesma forma que o anterior, o antígeno tem o processamento mais rápido e o resultado pode sair em apenas 15 minutos.
O teste, que busca por proteínas específicas na superfície do vírus para identificá-lo, não carece de uma infraestrutura sofisticada e pode ser processado no mesmo local da coleta.
AUTOTESTE
Segundo a Fiocruz, o autoteste é considerado igual ao antígeno, porém, pode ser feito pela própria pessoa em casa, sem necessidade de ir à farmácia, laboratório ou hospital.
O produto, proibido no país, agora depende da avaliação da Anvisa para ser comercializado.
A proposta do ministério é que os exames caseiros sejam disponibilizados em redes de farmácia e de drogarias e em outros estabelecimentos de saúde. Qualquer pessoa poderia fazer o teste.
Fonte: Poder 360