Após a sessão pública que marcou a destruição das provas do concurso público da Polícia Civil, a Fundação Vunesp divulgou em seu site oficial o novo cronograma da aplicação do exame. Em relação ao primeiro calendário divulgado, as provas foram adiadas para novembro, atendendo o pedido dos candidatos inscritos no certame do Ministério Público de Roraima (MPRR), cujo exame será aplicado em 23 de outubro.
É o caso de quem vai concorrer a seis cargos, em provas objetiva e discursiva. Os candidatos aos cargos de médico legista, odontolegista e perito criminal vão participar do exame na manhã do dia 5 de novembro. Os candidatos ao cargo de escrivão vão prestar na tarde do dia 6.
Na tarde do dia 5 de novembro, é a vez da prova objetiva e discursiva dos candidatos ao cargo de perito papiloscopista. No dia seguinte, será aplicada a prova objetiva para quem vai disputar o cargo de auxiliar de necrópsia.
As provas anteriormente marcadas para setembro foram mantidas. A única mudança foi para o cargo de delegado, em que o exame discursivo será o primeiro a ser aplicado, na manhã do dia 24, enquanto o objetivo será na manhã do dia 25.
A prova objetiva para auxiliar de perito criminal serão aplicadas na tarde do dia 24 de setembro, enquanto o exame objetivo e discursivo para agente de polícia será realizado na tarde de 25 de setembro.
Provas foram adiadas após caminhão desviar de rota
Quatro funcionários da Vunesp hospedados em um hotel de Boa Vista monitoravam o caminhão que transportava as provas, quando perceberam que o veículo desviou de rota e acionaram a Polícia Militar. Ele foi demitido por justa causa após o episódio.
O caso aconteceu no último dia 1º e o veículo foi encontrado no residencial Vila Jardim, no bairro Cidade Satélite, na zona Oeste de Boa Vista. Na ocasião, a Policia Civil chegou a dizer que as datas da aplicação das provas não seriam alteradas, mas após a pressão dos candidatos, o governador Antonio Denarium (Progressistas) determinou o adiamento do concurso.
O diretor de Planejamento da Fundação Vunesp disse que não houve negligência da empresa na contratação da transportadora, pois ela já trabalha há 23 anos com a banca. “Contrataram um motorista que resolveu fazer o que fez”, disse Henrique Luiz.
A Vunesp garantiu que não houve violação das provas do certame, ao demonstrar que os exemplares são protegidos por seis camadas de segurança. A empresa destruiu as provas e alegou prejuízo de R$ 500 mil.
O caso é investigado pela Polícia Civil de Roraima. Presidente da comissão organizadora do concurso, o delegado Jimmy Santana, afirmou que a corporação acredita, inicialmente, que o motivo que provocou o desvio da rota não teve envolvimento direto com as provas transportadas.